Os 80 anos da sede da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme



Brancos e Amarelos

Os primeiros testemunhos existentes sobre a Filarmónica de Almoçageme remontam aos anos de 1768, nessa altura já abrilhantando as festas , organizadas pela confrarias em honra dos diversos patronos.Também nessa data se iniciou a tradição dos Festejos de Almoçageme que por autorização de D.Maria II concedeu para que anualmente, no primeiro domingo de Outubro de realize uma feira no largo junto à capela de Almoçageme.

Mais tarde por volta de 1922 por divergências várias entre a Direcção e os elementos da Filarmónica, provocou uma cisão , e os elementos que abandonaram a Filarmonica formaram outra.

Esta existência de duas filarmónicas criou grandes rivalidades, em Almoçageme, surgindo também denominações para cada grupo, assim a filarmónica mais recente denominada AMARELA (Banda da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme) e a BRANCA –a filarmónica mais antiga (Grémio Republicano) estas designações era devido às cores dos instrumentos de cada uma das bandas.

Decorreu cerca de dois anos este conflito musical, em que várias familias se incompatibilizaram, chegando mesmo a ameaças de morte entre os dois grupos e seus apoiantes. É neste efervescente ambiente que José Gomes da Silva , fundador do Grémio Republicano a suas custas, e em terreno seu, constrói a sede que este ano prefaz 80 anos.Posteriormente os dois grupos em conflito, voltaram a juntar-se, numa unica filarmónica.


Inaugurada no dia 1 de Agosto de 1926 A Sociedade recreativa e Musical de Almoçageme ,com grande pompa por um grupo de teatro de Dona Maria.

Almoçageme passou a usufruir gratuitamente até aos nossos dias de uma sala de espectáculos, dispondo de uma ampla plateia, balcão e palco, que era para o seu tempo uma das melhores do perímetro lisboeta com cerca de 230 lugares sentados.

Fonte: gravura e texto baseado em:"1892-1992 Cem anos de vida e História da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme"

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Rui Cristino da Silva