Alta tensão no Concelho de Sintra III

O Supremo Tribunal de Justiça deu provimento às pretensões da Junta de Freguesia de Monte Abraão e mandou desligar a Linha aérea de Muito Alta Tensão (MAT), entre Fanhões e Trajouce.

Em Agosto, o Tribunal Central Administrativo do Sul já havia dado provimento a uma providência cautelar interposta pela Junta de Freguesia de Monte Abraão, que considerava que a "simples implantação dos apoios (torres)" é susceptível de lesar o direito da população a "um ambiente sadio e equilibrado por se tratar de um equipamento de enorme altura".

Em declarações à TSF a Presidente da Junta de Freguesia, Fátima Campos, considerou tratar-se de uma grande vitória, e que de agora em diante a REN terá que respeitar a saúde pública, salientando que esta foi a questão central do processo que a Junta moveu.

A tardia e lenta reacção da Câmara Municipal de Sintra

Em 11 de Outubro, Carlos Albuquerque (Assessor de Fernando Seara) confirmou que a autarquia já assumiu estar "disponível para comparticipar o processo de enterramento de parte da linha".

Segundo afirmou ao Diário de Noticias "O projecto poderá ser acelerado se daí resultar uma real diminuição dos riscos", disse no debate. Outro cenário em análise é "a hipótese de desdobrar a tensão da linha MAT", solução que "implicaria construir subestações à entrada do concelho e instalar várias linhas de menor tensão (60kW)." Ao desdobrar a tensão, "a opção subterrânea teria menos custos", apontou. O assessor de Fernando Seara garantiu "existirem provas da troca contínua de e-mails com a REN". Apesar disso, reconheceu, "objectivamente, não existe um ofício assinado pelo presidente" em resposta aos pedidos de parecer à empresa sobre o traçado.

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Comentários

Anónimo disse…
Resta dizer, Caro Pedro Macieira, que autarquias como a de Arcos de Valdevez, conseguiram que a REN não só desactivasse as novas linhas de MAT - que aparentemente não se justificam - como também fizesse passar as de alta tensão existentes através de condutas subterrâneas.

Realmente, no que respeita à linha de Sintra e Cascais, com o fecho da maior parte das indústrias (que são as grandes consumidoras de energia eléctrica), e a grande quantidade de casas devolutas ou por vender (fruto da crise), verifica-se uma quebra substancial no consumo doméstico e industrial de energia eléctrica. Assim, fica a pergunta: para quê estas linhas de muito alta tensão?

Cumprimentos.
pedro macieira disse…
Carlos Portugal-A indiferença da CMS, neste caso como em outros é significativo.Foi necessário uma junta de freguesia liderar o processo de contestação da instalação de postes de linhas de muito alta tensão por cima das cabeças dos moradores.Segundo parece a Amadora resolveu melhor este caso.Também seria interessante perceber porque ao longo dos anos a CMS, deixou nalguns casos construir moradias e prédios em zona de passagem das linhas....e neste caso abrange tanto o PSD como o PS.Por outro lado a REN que indiferente à existência de habitações, corta a direito ,intalando as altas torres a poucos metros das habitações não pretendendo encontrar novas soluções como o de enterrar as linhas, para que o custo da obra não aumente.Fernando Seara já quando o seu amigo Durão Barroso colocou as portagens na Crel ameaçou levar o caso até às ultimas consequências, e hoje todos pagamos.....desta vez ficou calado a ssobiar para o lado. e é desde ontem Vice-presidente do PSD. Se as linhas passassem por cima do estádio da luz a então conversa seria outra.

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