Obras na Casa da Gandarinha

A Casa da Gandarinha, que se encontra na estrada para Vila velha, a 500 metros do Palácio de Valenças, foi deixada em testamento pela Viscondessa de Gandarinha a uma obra católica de protecção a raparigas com problemas e sem família e nela funcionou até 1974, um internato.A partir dessa data deixou de funcionar e foi votada ao abandono. Na altura do segundo mandato de Edite Estrela na Câmara de Sintra, o imóvel foi vendido a um privado, com o objectivo de o transformar em hotel. E começaram as obras.Fizeram grandes escavações nas traseiras, construíram uma muralha de cimento armado, cortaram árvores, etc.Só que a família da Viscondessa de Gandarinha, (Pinto Leite), ao ter conhecimento da venda do imóvel, recorreu ao tribunal e impugnou a venda, e as obras terão sido embargadas até hoje..... isto foi publicado no blog em 2008.
Em Setembro de 2016 as obras foram retomadas, vai ser um hotel.

Placard do licenciamento da obra/*Fotos Emilia Reis

 Fotos de 2007
Fotos de 2007*riodasmacas

 *riodasmacas

Comentários

Graça Sampaio disse…
Sempre teve um aspeto austero, medonho! As pobres das meninas que lá eram recolhidas nunca as vi e morava lá perto... Faço ideia de como eram tratadas! Outros tempos. Cinzentos e medonhos como o aspeto do edifício...
Zé Maria disse…
Um hotel naquela zona vai ser um verdadeiro desafio. Não consigo encaixar na situação actual o fluxo de gente e veículos que um hotel necessariamente acarreta. Talvez devessem fazer um passadiço directamente para dentro do Parque da Liberdade, para que as pessoas pudessem deslocar-se até à Vila sem serem atropeladas pelo intenso trânsito daquela via nestes dias.
Mas saúdo o facto de irem finalmente recuperar aquela ruína de tantos anos.
Anónimo disse…
Nem mais.
Aquilo metia medo ao susto!
Bem, hotel ou não, é o fim de mais uma das dezenas de "Vergonhas de Sintra"
que existem por toda a vila.

Manuel A.


Maria Alberta disse…
Para responder a D.Graca Sampaio,eu sou uma dessas meninas,e posso garantir que nao eramos maltratadas.Havia sim um enorme corredor escuro que nao era onde nos ficavaos mas sim onde ficava a sala para ver televisao ate as 20h,e omde a Sra Directora tinha os seus aposentos e escritorio.Ensinaram-nos la muitas coisas beneficas como cozinhar,trabalhos manuais como tapetes de arraiolos e costura para quem quizesse aprender,para isso iam para fora na Vila onde andavam algumas colegas uma em costura outra em alfaiate. Em tempo bom iamos em passeios para o campo acompanhadas pelas empregadas e a Sra Directora.Nao conheci la,colega nenhuma que fosse problematica vinhamos todas ou de casas onde faltasse o pai como no meu caso e a mae tivesse que trabalhar e nao tivesse onde me deixar,outras orfas de pai e mae.Eu so la estive pouco mais de um ano ate que houve vaga para mim no externato em Lisboa,pois que a distancia era dificil a minha mae para entao me ir visitar todos os meses.Fico feliz por saber que alguem vai trazer o Gandarinha da ruina em que estava,pena nao o terem feito ha mais tempo...
Anónimo disse…
Mais hotéis? Mais turismo? Será que ainda não conseguiram ver que a vila de sintra está completamente saturada? é só um questão de tempo até rebentar a bolha... sintra há de ser vítima do seu sucesso. Façam hotéis na praia grande, por exemplo...nem uma porcaria de um parque de campismo há lá.
M.Bauer disse…
É triste que algo seja doado com uma função e mais tarde tudo se altera sem respeitar os doadores que já cá não se encontram.
Temos também a Escola do Morais que também deixou de o ser por vontade da Câmara De Sintra.
👎😢😢😢
Anónimo disse…
É triste que algo seja doado com uma função e mais tarde tudo se altera sem respeitar os doadores que já cá não se encontram.
Temos também a Escola do Morais que também deixou de o ser por vontade da Câmara De Sintra.
👎😢😢😢
Anónimo disse…
Graça Sampaio, eu estive naquela instituição e todas as meninas eram bem tratadas. Davam-nos uma excelente educação, passeavamos muito, e até assistiamos a concertos de música clássica no atual teatro Olga Cadaval, também íamos ver hóquei em patins. Durante todo o verão íamos de elétrico para a Praia das Maçãs. A educação era exemplar. Nós saímos muito, se não nos viu, e éramos muitas, é porque não se lembra. Afirmo, éramos muito bem tratadas e recebiamos uma educação excelente!!!
Unknown disse…
Graça Sampaio, eu fui uma das meninas que esteve nessa instituição e garanto-lhe que a educação era excelente e éramos muito bem tratadas, não nos faltava nada. Passeávamos muito, ficou-me o gosto pelas viagens. Assistiamos a concertos de música clássica no atual teatro Olga Cadaval, íamos ver hóquei em patins, no verão íamos, de elétrico para a Praia das Maçãs, tínhamos o nosso dinheiro para comprar o que queríamos, quando saíamos. Tínhamos televisão. Tínhamos saúde e bem estar. Se a Graça não esteve lá, por favor não diga o que não sabe. Se não nos viu, e éramos muitas, é porque não se lembra de nos ver sair quando íamos à missa, aquela igreja que fica perto do edifício do turismo, creio que é a igreja de São Martinho. Confesso tenho saudades daquele tempo.Confirmo éramos bem tratadas e recebiamos uma educação excelente!!!!
Unknown disse…
Dona Graça Sampaio, as meninas não eram mal tratadas, isso lhe garanto eu, que lá andei, e nos davam educação e instrução, etiqueta e boas maneiras, regras de higiene e limpeza, saber estar à mesa e utilizar os talheres, saber estar em sociedade, falar com voz moderada. Gostei muito de lá estar e isso mesmo eu escrevia ao meu pai. Tenho saudades desse tempo e dos passeios, cultura e as viagens de elétrico, no verão, para irmos à Praia das Maçãs.
🐈 Rosa Maria

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