A partida da familia Real para o exílio em 1910
A saída do Rei
Na tarde de 4 de Outubro, logo que começou o bombardeamento do Paço das Necessidades, o Rei D. Manuel foi tomado de um profundo pavor, perdendo toda a coragem, e resolvendo logo fugir de Lisboa. Então um automóvel o conduziu ao palácio real de Mafra, acompanhando-o o Marquês do Faial e o Conde de Sabugosa. A Rainha D.Amélia, que estava em Sintra, para ali se dirigiu nessa mesma tarde. Na manhã seguinte chegou também áquela vila a Rainha D. Maria Pia.
Depois de uma noite angustiosa, como foi a de 4 para 5, as noticias recebidas de Lisboa e transmitidas ás pessoas reais lançaram-nas em um abatimento quasi inconsciente. Assim estiveram, tomadas de indecisão, até ás duas da tarde, hora em que o administrador do concelho de Mafra recebeu ordem telegráfica do novo governo para hastear a bandeira da República.
Folheando uma edição de 1911, de Joaquim Leitão:
Subsidios para a história da revolução de cinco de Outubro
Depois da revolução
Transcrições do "Diário dos vencidos"
"Ao cair da tarde de 3 de Outubro, El-Rei viera aos aposentos de D.Fernando, onde andava a coleccionar louças antigas, que mandara recolher de Mafra, de Sintra e Cascais para as juntar nas Necessidades."
(...)
"E assim se conservou em Mafra até à entrada para o automóvel que o levou à Ericeira."
*Ericeira,Praia dos Pescadores, 5 de Outubro de 1910, no momento do embarque no Iate «Amélia», com Gibraltar como destino.
Nota do blog:
Com a família real seguiu uma pequena corte de exilados voluntários que a continuaram a servir. O Marquês de Soveral, os Condes de Figueiró, o Conde de Galveias, os Duques de Palmela, os Marqueses de Lavradio entre outros.
*A família real partiu para o exílio a bordo do iate «Amélia». Ainda se pensou seguir para o Porto, mas a proclamação da República em Lisboa fez seguir a familia para Gibraltar(nota do blog).
El-Rei torna a ver o Palácio da Pena
Trancrições do "Diário dos Vencidos"
"A viagem foi uma viagem mais triste depois de se ter realizado o tal Conselho de Oficiais que decidiu dar ao iate o rumo do exílio."
(...)E andava já o coração afeito aos desgostos, quando o *Victória and Albert, passou com rumo a Inglaterra, à vista da costa portuguesa.
(...)
E, por entre lágrimas que lhe vidravam os olhos, o Senhor D.Manuel reconheceu o perfil do Paço da Pena, denteando a serra de Sintra. E foi uma visão, que por alguns instantes enganava a saudade do Português."
In" Diário dos Vencidos"
Pintura do Victoria and Albert
*A familia real partiu para o exílio, a bordo do iate «Amélia», seguiriam posteriormente para Inglaterra no iate real inglês «Victoria and Albert», enviado pelo Rei George V.
Na tarde de 4 de Outubro, logo que começou o bombardeamento do Paço das Necessidades, o Rei D. Manuel foi tomado de um profundo pavor, perdendo toda a coragem, e resolvendo logo fugir de Lisboa. Então um automóvel o conduziu ao palácio real de Mafra, acompanhando-o o Marquês do Faial e o Conde de Sabugosa. A Rainha D.Amélia, que estava em Sintra, para ali se dirigiu nessa mesma tarde. Na manhã seguinte chegou também áquela vila a Rainha D. Maria Pia.
Depois de uma noite angustiosa, como foi a de 4 para 5, as noticias recebidas de Lisboa e transmitidas ás pessoas reais lançaram-nas em um abatimento quasi inconsciente. Assim estiveram, tomadas de indecisão, até ás duas da tarde, hora em que o administrador do concelho de Mafra recebeu ordem telegráfica do novo governo para hastear a bandeira da República.
Folheando uma edição de 1911, de Joaquim Leitão:
Subsidios para a história da revolução de cinco de Outubro
Depois da revolução
Transcrições do "Diário dos vencidos"
"Ao cair da tarde de 3 de Outubro, El-Rei viera aos aposentos de D.Fernando, onde andava a coleccionar louças antigas, que mandara recolher de Mafra, de Sintra e Cascais para as juntar nas Necessidades."
(...)
"E assim se conservou em Mafra até à entrada para o automóvel que o levou à Ericeira."
*Ericeira,Praia dos Pescadores, 5 de Outubro de 1910, no momento do embarque no Iate «Amélia», com Gibraltar como destino.
Nota do blog:
Com a família real seguiu uma pequena corte de exilados voluntários que a continuaram a servir. O Marquês de Soveral, os Condes de Figueiró, o Conde de Galveias, os Duques de Palmela, os Marqueses de Lavradio entre outros.
*A família real partiu para o exílio a bordo do iate «Amélia». Ainda se pensou seguir para o Porto, mas a proclamação da República em Lisboa fez seguir a familia para Gibraltar(nota do blog).
El-Rei torna a ver o Palácio da Pena
Trancrições do "Diário dos Vencidos"
"A viagem foi uma viagem mais triste depois de se ter realizado o tal Conselho de Oficiais que decidiu dar ao iate o rumo do exílio."
(...)E andava já o coração afeito aos desgostos, quando o *Victória and Albert, passou com rumo a Inglaterra, à vista da costa portuguesa.
(...)
E, por entre lágrimas que lhe vidravam os olhos, o Senhor D.Manuel reconheceu o perfil do Paço da Pena, denteando a serra de Sintra. E foi uma visão, que por alguns instantes enganava a saudade do Português."
In" Diário dos Vencidos"
Pintura do Victoria and Albert
*A familia real partiu para o exílio, a bordo do iate «Amélia», seguiriam posteriormente para Inglaterra no iate real inglês «Victoria and Albert», enviado pelo Rei George V.
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