Batalha naval ao largo da Praia das Maçãs (reedição)
Praia das Maçãs, ano de 1637
"A naveta Nossa Senhora da Conceição partiu para a Índia na armada de 1635, sob comando de João da Costa. depois de deixar em Moçambique um destacamento de 120 soldados para reforço daquela fortaleza. seguiu para Cochim; ali recebeu carga e correspondência e veio na torna-viagem em 1637.
A 17 de Dezembro de 1637 estava a naveta à vista do cabo da Roca; dentro de poucas horas o navio estaria na baía de Cascais.Subitamente foram avistados, do lado de terra, quatro navios logo identificados como naus argelinas; aproveitando o facto da Esquadra de Guarda-Costas já ter recolhido a Lisboa, andavam os corsários à espreita de algum navio desgarrado; também deveriam ter conhecimento de que este ano não chegara ainda nenhum navio da Índia.
Ao avistarem a Conceição, os argelinos lançaram-se no seu encalço. O vento estava de sudoeste e a João da Costa só restava tentar fugir para norte, na esperança de conseguir refugiar-se em qualquer porto. Mais rápidos, os navio argelinos alcançaram a naveta ao largo da Praia das Maçãs. Travou-se um curto e violento combate de artilharia que deixou a Conceição imobilizada e com o aparelho destruído.
Na iminência de ser abordado, João da Costa mandou deitar fogo ao navio e escapou-se para terra no batel, com a sua gente".[...]
Em "Grandes Batalhas Navais Portuguesas" de José António Rodrigues Pereira -Ed.A Esfera dos Livros
*Foto montagem, Rio das Maçãs
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