A crise de 1919 e a Sopa do Sidónio
Na altura que o governo do PSD/CDS defende o empobrecimento dos portugueses, recordamos algumas memórias de outra crise em 1919 no ambiente Sintrense, num País pobre como Passos Coelho não conheceu.
A Sopa do Sidónio em Sintra
"Há muitos anos «A benemérita duquesa de Palmela, cujo nome fica ligado a admiráveis manifestações de arte e caridade, criou a excelente obra das cozinhas económicas que tão excelentes serviços têm prestado às classes trabalhadoras.
(..)
Quando a guerra veio agravar ainda mais as condições aflitivas da gente humilde da capital, o Século, coadjuvado pelo seus inumeros leitores, meteu ombros à empresa da criação de uma sopa que tem sido distribuida por dezenas de milhares de litros, em troca de cada um dos quais se recebe uma pequena moeda de dois centavos que não paga a sopa mas tira a essa dádiva o aspecto de esmola que para muitos seria desagradável e deprimente." "Em Cintra, um dos primeiros actos do sr. dr. Sidónio Paes consistiu na fundação de uma sopa, que se instalou nas dependências do velho e histórico palácio da vila. Consta-nos, porém que aí também se fornece a refeição popular aos que em troca dela contribuem com cinco centavos"»
Publicado na "Ilustração Portuguesa" nº652 de 19 de Agosto de 1919
A Sopa do Sidónio em Sintra
"Há muitos anos «A benemérita duquesa de Palmela, cujo nome fica ligado a admiráveis manifestações de arte e caridade, criou a excelente obra das cozinhas económicas que tão excelentes serviços têm prestado às classes trabalhadoras.
(..)
Quando a guerra veio agravar ainda mais as condições aflitivas da gente humilde da capital, o Século, coadjuvado pelo seus inumeros leitores, meteu ombros à empresa da criação de uma sopa que tem sido distribuida por dezenas de milhares de litros, em troca de cada um dos quais se recebe uma pequena moeda de dois centavos que não paga a sopa mas tira a essa dádiva o aspecto de esmola que para muitos seria desagradável e deprimente." "Em Cintra, um dos primeiros actos do sr. dr. Sidónio Paes consistiu na fundação de uma sopa, que se instalou nas dependências do velho e histórico palácio da vila. Consta-nos, porém que aí também se fornece a refeição popular aos que em troca dela contribuem com cinco centavos"»
Publicado na "Ilustração Portuguesa" nº652 de 19 de Agosto de 1919
Comentários
http://www.geh.org/ar/chus/portugal/m197501114605_ful.html#topofimage
A idade e o percurso profissional do 1ºministro, não lhe permite ter conhecimento de um País triste e pobre que existia antes de ele nascer.É lamentável a insensibilidade e arrogância do sujeito.
Abraço
Muito interessante a foto do Palácio da Vila, e também a imagem do telhado do Hotel Paris, hoje destruída, sem haver responsabilidades . Oportunidade para publicar a foto hoje em post.
Obrigado pelo envio e cumprimentos