O Museu do Brinquedo de Sintra pode encerrar em Agosto
O Museu do Brinquedo de Sintra, um local que já foi Quartel de Bombeiros, na Vila velha de Sintra, está em risco de fechar, devido à nova lei das fundações. A CMS terá deixado de atribuir o subsídio mensal de cinco mil euros, e deixa de poder ceder gratuitamente o edifício onde está instalado desde 1997.
O Museu recebe em média mais de 50 mil visitantes por ano. O espólio tem mais de 60 mil brinquedos todos da colecção de João Arbués Moreira.
Ontem uma notícia do Diário de Notícias, que transcrevemos, sublinha a intenção de Sintra deixar de ter no seu património museológico um elemento de grande importância e interesse cultural.
"A Fundação
Arbués Moreira anunciou hoje a intenção de encerramento o Museu do Brinquedo de
Sintra no final de agosto, devido à queda de visitas e por não ser possível
assegurar a sustentabilidade financeira.
"A nova lei das fundações
foi cega e o pouco apoio que o Museu do Brinquedo recebia foi cortado",
disse à agência Lusa João Arbués Moreira, filho do criador da Fundação Arbués
Moreira, que desde 1989 expõe "uma das maiores coleções de brinquedos do
mundo" em Sintra.O museu, na vila há 26 anos, e desde 1997 num antigo quartel de bombeiros, no centro histórico, "vive muito da bilheteira", admitiu João Arbués Moreira, acrescentando que no último ano "as receitas caíram 20%".
Entre janeiro e abril deste ano, o museu registou cerca de 7.000 visitantes, contra 8.200 no mesmo período de 2013.
A quebra nas visitas atingiu as famílias, mas também as escolas, que deixaram de ter apoio para fretar autocarros para transportar as crianças.
O museu, que expõe "mais de 60.000 exemplares de diferentes brinquedos, que representam a História da Humanidade desde o século XVII aos nossos dias", recebeu já mais de 900.000 visitantes."
Texto do Diário de Notícias de 15/05/2014:
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3864925
Comentários
Abraço
A brilhante e estapafúrdia Lei do Novo Arrendamento Urbano (atenção que não sou contra o aumento das rendas, eu também fui atingida) onde atingiram quase 200%, julgavam os senhores governantes e não só, que espaços ocupados e subsidiados por eles não seriam afectados?
Este é um desses casos e já fora de contexto a Loja do Cidadão dos Restauradores fechou pelas mesmas razões.
A actual vereação camarária anda numa de obras, obrinhas, promessas etc e tal numa caça ao voto, porque para mim a anterior foi a pior que tivemos, já que o futebol era mais...não digo e fico-me por aqui.
Um abraço
Agora pergunto. Que diligências fez a fundação para superar esta situação que já conhecia à cerca de um ano? Procurou mecenas? Tentou algum acordo para a cedência das peças a um museu gerido pela CMS? Porque não tentar seguir por esta via? Porque não criar um protocolo que permita à CMS gerir o museu (recebendo ela as receitas provenientes da exploração do museu)? Será que a fundação aceitaria um cenário destes?
Sinceramente. Parece-me que a fundação pouco ou nada fez para resolver esta situação. Não compete à CMS encontrar um mecenas, mas sim à fundação.
Cumprimentos