Quem protege a Paisagem Protegida de Sintra?
Paisagem Cultural de Sintra - Plano de GestãoFicha 30 - Regulamento para a intervenção em Árvores de Sintra
"(...) O corte e a poda de árvores reduzem-se ao minímo indispensável . O abate , em regra só deverá ocorrer depois da árvore ter atingido o termo da sua longevidade, isto é , quando começar a secar, definhar ou apresentar sintomas nítidos de decrepitude; as restantes situações deverão ser ponderadas, de acordo com o estipulado no regulamento e/ou legislação vigente. O regulamento aplica-se a qualquer intervenção que seja necessário em árvores que se insiram em zonas verde de uso público, zonas verde de protecção e enquadramento, estradas e arruamentos, praças e logradouros públicos .
Aplica-se ainda, em elementos similares que se situem em pátios, quintas e propriedades de carácter privado.
Visa aprotecção dos exemplares designados de interesse concelhio ou classificados pela Direcção- Geral de Florestas.
(...)
É com esta determinação que assumimos o presente Plano de Gestão e o submetemos à apreciação da UNESCO.
Sintra 24 de Janeiro de 2005
O Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Fernando Reboredo Seara"
*(Fernando Seara e a a sua vereação, nunca respeitou, a legislação camarária- Regulamento para a intervenção em Árvores de Sintra, que ele própria assinou...)
Foto do Palácio da Vila com a Tília em 26 de Junho de 2014
Foto do Palácio da Vila sem Tília após a intervenção da PSML em 27 de Junho de 2014
http://riodasmacas.blogspot.pt/2014/06/abatida-tilia-do-palacio-da-vila-de.HTML
Fotos obtidas da varanda da Casa dos Penedos, casa projectada por Raul Lino, ele próprio com uma opinião sobre a razão porque se abatem Árvores:
"(...) O corte e a poda de árvores reduzem-se ao minímo indispensável . O abate , em regra só deverá ocorrer depois da árvore ter atingido o termo da sua longevidade, isto é , quando começar a secar, definhar ou apresentar sintomas nítidos de decrepitude; as restantes situações deverão ser ponderadas, de acordo com o estipulado no regulamento e/ou legislação vigente. O regulamento aplica-se a qualquer intervenção que seja necessário em árvores que se insiram em zonas verde de uso público, zonas verde de protecção e enquadramento, estradas e arruamentos, praças e logradouros públicos .
Aplica-se ainda, em elementos similares que se situem em pátios, quintas e propriedades de carácter privado.
Visa aprotecção dos exemplares designados de interesse concelhio ou classificados pela Direcção- Geral de Florestas.
(...)
É com esta determinação que assumimos o presente Plano de Gestão e o submetemos à apreciação da UNESCO.
Sintra 24 de Janeiro de 2005
O Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Fernando Reboredo Seara"
*(Fernando Seara e a a sua vereação, nunca respeitou, a legislação camarária- Regulamento para a intervenção em Árvores de Sintra, que ele própria assinou...)
Foto do Palácio da Vila com a Tília em 26 de Junho de 2014
Foto do Palácio da Vila sem Tília após a intervenção da PSML em 27 de Junho de 2014
Fotos obtidas da varanda da Casa dos Penedos, casa projectada por Raul Lino, ele próprio com uma opinião sobre a razão porque se abatem Árvores:
PORQUE SE DERRUBAM ÁRVORES
Raul Lino num artigo publicado no Diário de Notícias de 5 de Setembro de 1962 com o título “SINTRA – UM TELEFÉRICO E OUTRA RATICES”, escreve:
…diremos que se derrubam árvores por quatro razões principais, a saber...: 1ª., porque quem o ordena não sabe que a árvore é uma criação perfeita que mantém sempre todas as suas admiráveis qualidades até morrer, e portanto não só toda a vida fornece sombra aos justos como também, noutro sentido (figurado), faz sombra aos espíritos tacanhos que nunca conheceram qualquer forma de perfeição que seja e por isso se exasperam com inveja das árvores, só lhes querendo mal; 2º. , porque deitar abaixo uma árvore é fácil, rápido e flagrantemente reconhecível, o que dá ao derrubador a sensação de, com simplicidade, haver conseguido uma vez na vida «fazer alguma coisa que se veja» ; 3ª.porque arrancar árvores introduz nos lugares de onde saem, imediatamente, um aspecto que, por não ser devido a elementos que levaram muito tempo a formar, por isso mesmo merece logo o título de novidade ou modernismo, sem preocupação ou reconhecimento se o que se acabou de fazer ficou melhor ou pior, mas que mitiga, entretanto, o prurido dos que confundem o corte de uma árvore com a ablação de um quisto enfadonho; 4ª e última, englobando ao mesmo tempo o mais mesquinho e o mais grave dos motivos: cortam árvores porque se pode então vender a sua madeira – prémio vil mas muito superior ao pouco valor que lhe atribui a mentalidade de quem as derruba; e cortam as árvores porque nunca alguém lhes disse ou explicou o valor educativo que essa admirável criatura encerra!
|…|
RAUL LINO –SINTRA
Estudo introdutório e selecção de textos de RODRIGO SOBRAL CUNHA (Colares Editora - 2014)
Casa dos Penedos
Raul Lino num artigo publicado no Diário de Notícias de 5 de Setembro de 1962 com o título “SINTRA – UM TELEFÉRICO E OUTRA RATICES”, escreve:
…diremos que se derrubam árvores por quatro razões principais, a saber...: 1ª., porque quem o ordena não sabe que a árvore é uma criação perfeita que mantém sempre todas as suas admiráveis qualidades até morrer, e portanto não só toda a vida fornece sombra aos justos como também, noutro sentido (figurado), faz sombra aos espíritos tacanhos que nunca conheceram qualquer forma de perfeição que seja e por isso se exasperam com inveja das árvores, só lhes querendo mal; 2º. , porque deitar abaixo uma árvore é fácil, rápido e flagrantemente reconhecível, o que dá ao derrubador a sensação de, com simplicidade, haver conseguido uma vez na vida «fazer alguma coisa que se veja» ; 3ª.porque arrancar árvores introduz nos lugares de onde saem, imediatamente, um aspecto que, por não ser devido a elementos que levaram muito tempo a formar, por isso mesmo merece logo o título de novidade ou modernismo, sem preocupação ou reconhecimento se o que se acabou de fazer ficou melhor ou pior, mas que mitiga, entretanto, o prurido dos que confundem o corte de uma árvore com a ablação de um quisto enfadonho; 4ª e última, englobando ao mesmo tempo o mais mesquinho e o mais grave dos motivos: cortam árvores porque se pode então vender a sua madeira – prémio vil mas muito superior ao pouco valor que lhe atribui a mentalidade de quem as derruba; e cortam as árvores porque nunca alguém lhes disse ou explicou o valor educativo que essa admirável criatura encerra!
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RAUL LINO –SINTRA
Estudo introdutório e selecção de textos de RODRIGO SOBRAL CUNHA (Colares Editora - 2014)
Comentários
Muito pior que a degradação da Casa dos Penedos é o estado quase de ruína da antiga escola...elemento integrante naquela casa de Raul Lino.Assunto que voltarei a tratar e penso voltar a publicar o seu excelente texto.
Abraço