PENSÃO BRISTOL

( Foto:Pedro Macieira)

O projecto de reabilitação da antiga Pensão Bristol cuja origem remonta ao século XIX, na Vila Velha de Sintra , lança a discussão sobre o conceito de reabilitação da zona histórica. Segundo o jornal “Público” de hoje, num artigo(não disponível on-line) de autoria de Luis Filipe Sebastião, o projecto de reabilitação que não levantou dúvidas ao arquitecto consultor para o centro histórico Lino Pimentel, mas segundo o artigo do “Público” o “projecto à semelhança das ampliação do antigo edifício das padarias de Sintra, próximo da Igreja de São Martinho, pode colidir com o Plano de Urbanização de Sintra, de Etiene de Groer.

O arqueólogo José Cardim Ribeiro, técnico responsável pela candidatura que levou a UNESCO a classificar Sintra como Paisagem Cultural, considera no mesmo artigo que “Teóricamente trata-se de uma recuperação de um antigo edifício.Mas na pratica, trata-se da destruição desse edifício, com excepção de duas fachadas, que passam a servir de mero “biombo” para um novo imóvel que se vai construir por detrás, e que vai ocupar todo o antigo logradouro”. E continuando “O edifício das antigas padarias de Sintra, também foi totalmente demolido e foi construído um novo pretendendo ser similar ao anterior” Em qualquer destes casos deixou de existir o edifício antigo....”

A favor da construção do novo imóvel –Consultor para o centro histórico
-Direcção Geral do Turismo
- vereador do Turismo da CMS –João Soares
- O proprietário do Bristol
-
Contra/ou com dúvidas sobre a construção do novo imóvel - Arqueólogo José Cardim Ribeiro
- Plano de Urbanização de Sintra de Etienne de Groer
- Parecer do Comissário municipal para a paisagem cultural, e dos arquitectos consultores da equipa de Leon Krier, recomendaram alterações ao projecto.
- Associação de Defesa do património de Sintra “algumas dúvidas em relação a um corpo novo para acesso de deficientes motores”

Opinião de José Cardim Ribeiro , « A Vila manteve preservada a sua autenticidade enquanto faltaram recursos para a reabilitação urbana, mas agora, quando começa a haver investimento, poderá caminhar para “o desastre” devido a “uma mentalidade provinciana e culturalmente terceiro-mundista” de fazer de qualquer maneira e sem critérios,»

Comentários

Anónimo disse…
Isto é como o antigo ditado:se não mexe,morre;se mexe mata...
pedro macieira disse…
Penso que é preciso algum cuidado com as recuperações do património, pois como transcrevo, a opinião do professor Cardim Ribeiro, a existência de apetências no investimento em imóveis faz com que se dê prioridade ao retorno do investimento em vez da valorização e preservação do dito património. E a nossa região é "rica" em casos estranhos, de edifícios que são demolidos, muros que são retocados com materiais modernos,e outros truques, que todos conhecemos.Até construçao de mansões palacianas em área protegida do Parque Sintra Cascais.........
Anónimo disse…
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