Plátanos de Colares 2014
Colares tem de novo a presença da "Estradas de Portugal", em mais uma intervenção nos centenários Plátanos. Ainda temos presente os resultados dessas intervenções nos últimos anos. Esta intervenção que começou na última sexta-feira, irá continuar, pelo que já se consegue perceber pelo estado do Plátano da foto, o resultado da intervenção não augura nada de bom para os Plátanos e para a imagem ambiental de Colares.
Foto em 1/03/2014
-Na recta entre a Ribeira de Sintra e a ponte redonda, surgiram vários Plátanos marcadas com "L" e "X" ,indicação para mais agressivas intervenções no património arbóreo de Sintra.
Exemplo do resultado da intervenção da "Estradas de Portugal" nos Plátanos da Várzea de Colares em 2013
http://riodasmacas.blogspot.pt/2013/04/varzea-de-colares-primavera-2013.html
Foto em 1/03/2014
-Na recta entre a Ribeira de Sintra e a ponte redonda, surgiram vários Plátanos marcadas com "L" e "X" ,indicação para mais agressivas intervenções no património arbóreo de Sintra.
Exemplo do resultado da intervenção da "Estradas de Portugal" nos Plátanos da Várzea de Colares em 2013
Comentários
No caso actual de Colares, os plátanos que são centenários, mais antigos que os habitantes actuais daquela artéria -deveriam ser tratados como peças de património de Colares e de Sintra.Os plátanos em causa foram utilizados nesta região como árvores ornamentais, com vários objectivos - no caso para embelezamento do local, o Hotel Eden era um local muito frequentado e o cenário do local teve sempre os plátanos.As podas camarárias ou rolagens são práticas que colocam em causa o estado fitosanitário das árvores, provocando fácil acesso de fungos, que causam o apodrecimento e obrigam a abates precoces.Outro aspecto e agora já poderei afirmar pois é o que aconteceu, destroiem a estrutura natural da árvore - e estamos a falar de árvores robustas centenárias, destruindo todo o cenário ambiental do local.
A eliminação de árvores, ou podas agressivas, como o que voltou a acontecer, não têm em consideração não só as boas práticas, mas tem um fundamento economicista, pois os custos de manutenção futuros baixam, pois a árvore depois destas intervenções nunca mais terão copas e adoecem com mais facilidade, obrigando a abate - o que resolve às entidades Camarárias e "Estradas de Portugal.EP", alguns dos problemas na gestão urbana, no convivio com árvores -deixando de haver queixas e custos na resolução das situações, que são a contrapartida daquilo que as árvores nos dão.
Cumprimentos
"As Associações e cidadãos signatários consideram que o estado fitossanitário e a estabilidade biomecânica das árvores existentes no espaço público urbano devem ser periodicamente avaliados. A existência de danos nas copas, nos troncos ou nas raízes deve ser tratada com técnicas de arboricultura que restabeleçam a vitalidade das árvores afectadas ou minimizem os danos a elas causados, promovendo a segurança de pessoas e bens e prolongando o período de vida dos exemplares. A decisão de abate de uma árvore, enquanto bem público e elemento fundamental do ambiente urbano que é, deverá ser sempre um último recurso, a ponderar de forma fundamentada e criteriosa.
Os signatários consideram que é urgente melhorar as práticas de gestão das árvores no espaço público e, sempre que o abate de uma árvore seja inevitável, deve ser efectuada a sua substituição e implementadas medidas de compensação adequadas. Qualquer substituição deverá seguir sempre critérios rigorosos, na escolha da espécie mais adequada ao local onde irá ser plantada. É este o perfil de actuação que se espera da Estradas de Portugal e de entidades públicas com atribuições na conservação do património arbóreo público como é o caso das Autarquias Locais."