Liberto Cruz, escritor e natural de Sintra, onde nasceu em 1935, lançou recentemente o seu livro “Última Colheita”, esse o motivo da Alagamares ter organizado uma sessão com o autor, apresentada por Miguel Real no último Sábado, 27 de Janeiro, na Biblioteca de Sintra (Casa Mantero). Fernando Morais Gomes (Alagamares), Liberto Cruz e Miguel Real "Nasceu em Sintra , em 1935, e licenciou-se em Filologia Românica, em 1959, na Faculdade de Letras de Lisboa, exercendo a função de professor do ensino secundário até 1966. Entre 1967 e 1968 lecionou Literatura Portuguesa na Universidade de Alta Bretanha, em Rennes, onde, em 1969, criou a cadeira de Literatura Angolana. Entre 1971 e 1973, dirigiu na Universidade de Vincennes, Paris , um curso de Literatura Angolana. Em 1975, foi nomeado conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris, cargo que ocupou até 1988, data a partir da qual assumiu a direção da Fundação Oriente. Poeta, romancista, ensaísta, tra...
Comentários
- Qual senha? pergunto eu
- Tem que tirar uma senha e aguardar a vez para se sentar numa mesa. Disse o empregado.
Entretanto uns estrangeiros tinham tirado uma senha.
- Dado que não tem senha tem que ceder a mesa às pessoas que entretanto tiraram senha. Disse o empregado.
Reparei no aparelho de tirar senhas e o letreiro com o numero do cliente seguinte, e dado que é regra da casa, levantei-me e sai com a consciência , e com muita tristeza, que aquele foi o ultimo dia que entrei na mítica piriquita, e que esta deixou de ser dos Sintrenses.
Nasci na Vila, no antigo hospital, e sempre morei nas proximidades, embora não no centro.
Gosto do interesse de gente de todos os cantos do mundo em conhecer esta, que também é a minha terra. No entanto, embora more tão perto, sinto-me de certa forma impedida de usufruir do seu espaço, pelo menos com a forma e frequência que gostaria, devido ao imenso caos do tráfico automóvel, ao estacionamento, e outros factores onde os preços turísticos e a forma de lidar com o público nacional e estrangeiro também têm o seu lugar.
Salvam-me os recantos ainda desconhecidos do grande público, esplanadas aprazíveis com belas vistas, livres de azáfamas, que manterei secretas por puro egoísmo.
Há anos que detenho uma posição sobre o turismo: nas nações ditas civilizadas não se faz distinção entre o nativo e o turista. Tudo é pensado e criado com o grande objectivo de satisfazer as necessidades dos cidadãos, e aumentar a sua qualidade de vida em todos os quadrantes.
Desta forma os turistas virão por curiosidade e pelo desejo de fazer parte desse modus vivendi.
Somente nos países de terceiro mundo é que é comum uma enorme dicotomia entre uns e outros, enfiando-se turistas em resorts fechados que em nada se assemelham à cultura e condições locais. Pois eu gostaria muito que optássemos por uma estratégia de gente civilizada.