Alfredo Keil em Colares

... “A atracção de Keil pela região de Sintra, quase uma paixão,começou na juventude.
Eça de Queirós, tudo parece confirmá-lo caricaturou no romance Os Maias, essa característica no personagem Cruges, maestro talentoso, tímido, jovial ou rabugento, amante da boa mesa mas dando conta, ao chegar a casa, que esquecera a encomenda de queijadas que a sua mãe lhe fizera. Casa essa que ficava numa rua do Chiado (onde Keil, na realidade, residia).
O retrato parece fiel.
Curiosamente, ou talvez não, a atracção pela região saloia transmitiu-se decididamente aos descendentes. Para veraneio, ou residência permanente, até hoje essa relação se manteve.A casa de Alfredo Keil na Praia das Maçãs, tinha o nome da filha –era a Vila Guida.O filho, Luís Keil, construiu na falda da Serra de Sintra, na Eugaria, a sua vivenda A Serrana, do nome da mais conhecida ópera de seu pai. Mais tarde, o Arquitecto Keil do Amaral, neto do músico e pintor, projectaria, no Pinhal do Rodízio, uma casa para si e outra para sua mãe, Guida Keil. Esta última casa viria albergar o bisneto, autor destas linhas.
Outra bisneta, igualmente Guida de seu nome, escolheu para viver a Várzea de Colares.”

Extracto do texto de Francisco Pires Keil do Amaral
no Catálogo da Exposição “Alfredo Keil em Sintra 100 Anos Depois”

Que pode ser vista até 7 de Outubro na Adega Visconde de Salreu em Colares.

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