Palácio da Pena

As referências históricas ao local onde se encontra o Parque da Pena remontam ao século XIV, altura em que aí se teria erigido uma pequena ermida consagrada a Nossa Senhora da Peña, antiga designação de penedo. A ermida teria dado lugar, em 1503, ao Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, edificado por ordem de D. Manuel I (r.1496-1521) e confiado à ordem de São Jerónimo. Depois do terramoto de 1755, o Mosteiro da Pena entrou em progressiva decadência devido aos estragos provocados pelo abalo sísmico, à passagem do tempo e à crescente escassez de recursos. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o mosteiro ficou abandonado. Quatro anos mais tarde, o mosteiro e a mata circundante foram vendidos, em hasta pública, a D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, rei consorte de D. Maria II (r.1834-1853).

Inicialmente, o rei pensou apenas em restaurar o velho cenóbio. Mais tarde, muda de ideias e, por volta de 1840, encomenda ao Barão de Eschwege, arquitecto militar da Renânia, que trabalhava em Portugal como engenheiro de minas, um projecto para um "Palácio Novo". Conservando os claustros, a capela quinhentista e alguns anexos, Eschwege desenha um palácio com constantes referências arquitectónicas de influência manuelina e mourisca. O resultado foi descrito por Richard Strauss, aquando da sua visita a Sintra: "Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o Egipto e nunca vi nada que valha a Pena. É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor - e, lá no alto, está o castelo do Santo Graal".

Texto do site da PSML

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