ALTA TENSÃO NO CONCELHO DE SINTRA!
As associações ambientalistas Quercus e Olho Vivo vão processar o Estado português pelo alegado incumprimento de directivas sobre a avaliação de impacte ambiental de linhas aéreas de muito alta tensão, revelaram hoje as organizações.
( Sábado, 19 de Agosto de 2006 Jornal ALVOR DE SINTRA)
"A queixa que será enviada ao comissário do Ambiente, Stravos Dimas, refere-se à linha de 220 Kv, projectada pela Rede Eléctrica Nacional (REN) para ligar a subestação do Alto da Mira, na Amadora, à subestação de Trajouce, no concelho de Cascais, atravessando o concelho de Sintra, mas também se refere a linhas já existentes em Loures e Odivelas.
"A directiva da avaliação de impacte ambiental diz claramente que têm de ser avaliadas alternativas, o que não aconteceu no caso da linha projectada para Cascais, Amadora e Sintra", disse Carlos Moura, da Quercus."
Segundo o Alvor de Sintra:
"Os ambientalistas, que com comissões de moradores constituíram um movimento cívico pela passagem subterrânea da linha, criticam a forma como o projecto esteve em discussão pública, adiantando que a não participação das populações representa uma violação da directiva da avaliação de impacte ambiental, transposta para o Direito português.
O movimento sublinha ter ainda "esperança" que o Ministério do Ambiente seja sensível às mais de 4000 assinaturas recolhidas a favor da passagem subterrânea das linhas e reconsidere a concretização do projecto.
A linha que ligará a subestação do Alto da Mira, na Amadora, à subestação de Trajouce, no concelho de Cascais, afectará sobretudo o concelho de Sintra onde serão instalados 27 dos 30 postes previstos e os cabos passarão, em alguns casos, a 25 metros de habitações.
O estudo de impacte ambiental, a que a Lusa teve acesso, refere que a presença da linha de muito alta tensão (220 Kv) projectada pela Rede Eléctrica Nacional implica a "redução da qualidade de vida das populações".
Segundo o estudo de impacte ambiental, no concelho de Sintra a distância prevista entre as linhas e habitações é de 25 metros no Bairro da Ligeira e no Papel, enquanto no Cacém será de 50 metros, no Bairro da Chutaria de 60 metros, no Bairro do João da Nora de 75 metros e na Serra do Casal de Cambra de 100 metros.
Os postes de alta tensão terão entre 31 metros (o mais baixo) e 75 metros (o mais alto), medindo a maioria das torres cerca de 50 metros.Os ambientalistas, que com comissões de moradores constituíram um movimento cívico pela passagem subterrânea da linha, criticam a forma como o projecto esteve em discussão pública, adiantando que a não participação das populações representa uma violação da directiva da avaliação de impacte ambiental, transposta para o Direito português.
O movimento sublinha ter ainda "esperança" que o Ministério do Ambiente seja sensível às mais de 4000 assinaturas recolhidas a favor da passagem subterrânea das linhas e reconsidere a concretização do projecto.
A linha que ligará a subestação do Alto da Mira, na Amadora, à subestação de Trajouce, no concelho de Cascais, afectará sobretudo o concelho de Sintra onde serão instalados 27 dos 30 postes previstos e os cabos passarão, em alguns casos, a 25 metros de habitações.
O estudo de impacte ambiental, a que a Lusa teve acesso, refere que a presença da linha de muito alta tensão (220 Kv) projectada pela Rede Eléctrica Nacional implica a "redução da qualidade de vida das populações".
(...)
Segundo o estudo de impacte ambiental, no concelho de Sintra a distância prevista entre as linhas e habitações é de 25 metros no Bairro da Ligeira e no Papel, enquanto no Cacém será de 50 metros, no Bairro da Chutaria de 60 metros, no Bairro do João da Nora de 75 metros e na Serra do Casal de Cambra de 100 metros.
Os postes de alta tensão terão entre 31 metros (o mais baixo) e 75 metros (o mais alto), medindo a maioria das torres cerca de 50 metros."
NOTAS:
imagem retirada do blog:Pelo Direito a uma cidade com qualidade de vida
Mais informação sobre o movimento cívico:
Movimento Cívico reune Cidadãos e Associações Na sequência do conhecimento da população da intenção da passagem, junto a zonas urbanas, de mais uma Linha Aérea de Muito Alta Tensão Fanhões-Trajouce, foi criado o Movimento Cívico pela passagem subterrânea das Linhas de Alta Tensão em zonas urbanas (MC-PSLAT).Este Movimento tem como objectivos alertar as entidades responsáveis para a inadmissíbilidade de se continuar a instalar grandes estruturas de transporte de energia por via aérea em áreas urbanas, comprometendo a qualidade ambiental das nossas cidades e vilas e evitar que esta situação se repita agora em Belas, Agualva-Cacém, S.Marcos (Concelho de Sintra), Alto-de-Mira (Amadora) e Trajouce (Cascais); mas não esquece as linhas de Alta Tensão que já atravessam espaços densamente urbanizados, tais como Massamá Norte, S.Marcos, ou toda a várzea dos Concelhos de Loures e Odivelas, entre outros. O Movimento de cidadãos conta já com o apoio directo de associações de moradores dos concelhos de Sintra e de Odivelas e das organizações não governamentais Olho Vivo, Quercus, Grupo Ecológico de Cascais e Lisboa Verde mas pretende estender a base de apoio a muitos mais cidadãos e entidades que se revejam no mesmo
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Um abraço