Notas sobre o Parque da Pena

Fonte dos Passarinhos
Parque da Pena
Em colaboração com o Barão de Eschwege e o Barão de Kessler, D. Fernando II (reg.1853-1855) vai definir também o plano e projecto do Parque que viria a envolver o Palácio da Pena. Aproveitando o terreno acidentado, a fertilidade do solo e a singularidade climática da serra, manda plantar um imenso arvoredo, originário de regiões distantes, enquadrando, bem ao gosto romântico da época, ruínas, pavilhões e pequenas construções para criar ambientes diversos e cenários de inigualável beleza natural.A intervenção botânica na serra foi de grande envergadura, já que a imagem profundamente arborizada da serra de Sintra, que hoje conhecemos não correspondia, de modo algum, à realidade na segunda metade do século XIX. Além de espécies florestais europeias, foram introduzidas muitas outras originárias de regiões distantes. Foi o caso das sequóias e túias da América do Norte, das araucárias do Brasil e da Austrália, das criptomérias do Japão e dos cedros do Líbano. Construiu-se assim, um ambiente natural de rara beleza e de enorme importância científica que, seguramente muito contribuiu para a classificação de Sintra, pela Unesco como Património da Humanidade




Em 1869, D. Fernando II casa com Elise Hensler, Condessa d' Edla (n.1839-m.1929). A sua segunda esposa iria ser a sua mais fiel colaboradora no processo de arborização e embelezamento do Parque da Pena e tapadas anexas. Partilhando o mesmo gosto pela natureza que o monarca, Elise Hensler vai contribuir para o enriquecimento dos jardins, quer através da plantação da Feteira da Condessa, quer introduzindo espécies raras provenientes da América do Norte, onde vivera parte da sua juventude. Para terem uma residência separada do Palácio, D. Fernando II e a Condessa mandaram edificar o Chalet, edifício hoje parcialmente destruído, que preconizou o gosto pela construção de chalets em Sintra e no Estoril. Em 1885, D. Fernando deixa em testamento, para além de outras propriedades, todo o Parque e o Palácio da Pena à sua segunda esposa. Perante a violenta reacção da opinião pública ao testamento, a condessa acabaria por vender ao Estado em 1889, todas estas propriedades.


Fonte: Texto PSML



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