A Escola Industrial e Comercial de Sintra - Notas históricas
Foto:a” Escola Velha”
Decorria o ano de 1959, quando o Concelho de Sintra teve a sua primeira escola Industrial e Comercial, ela visava o ensino Técnico como alternativa ao ensino liceal ministrado em Sintra no antigo liceu (Casino hoje Museu de arte Moderna), e também em Queluz. A Escola Industrial e Comercial de Sintra foi criada pelo Decreto-Lei n.º 42.368 de 4 de Julho de 1959 e veio a ser construída em Agualva-Cacém.
A Escola Técnica do Cacém, construída inicialmente num edifício inestético e pouco funcional, obrigou em 1963, devido ao aumento da população escolar, à construção de um novo e moderno estabelecimento no terreno adjacente - as instalações actuais da Escola Secundária Ferreira Dias.
Decorria o ano de 1959, quando o Concelho de Sintra teve a sua primeira escola Industrial e Comercial, ela visava o ensino Técnico como alternativa ao ensino liceal ministrado em Sintra no antigo liceu (Casino hoje Museu de arte Moderna), e também em Queluz. A Escola Industrial e Comercial de Sintra foi criada pelo Decreto-Lei n.º 42.368 de 4 de Julho de 1959 e veio a ser construída em Agualva-Cacém.
A Escola Técnica do Cacém, construída inicialmente num edifício inestético e pouco funcional, obrigou em 1963, devido ao aumento da população escolar, à construção de um novo e moderno estabelecimento no terreno adjacente - as instalações actuais da Escola Secundária Ferreira Dias.
Foto: a “Escola Nova”
Na Escola Industrial e Comercial de Sintra foram criados os seguintes cursos: Ciclo Preparatório do Ensino Técnico; Curso Geral do Comércio; Curso de Formação Feminina; Curso de Formação de Serralheiro; Curso de Formação de Montador Electricista e três cursos em regime de aperfeiçoamento: Curso Geral de Comércio; Curso de Formação de Serralheiro e Curso de Formação de Montador Electricista, anos mais tarde a Secção Preparatória para o Instituto Comercial.
A população escolar* aumentou rapidamente. De 201 alunos, 7 turmas e 9 professores, no ano lectivo de 1959/60, passou para 4312 alunos, 137 turmas e 180 professores, no ano lectivo de 1967/68, atingindo o número recorde em Portugal, na década de 70, de 6000 alunos, tendo este número vindo a diminuir, gradualmente, nos últimos anos.
A população escolar* aumentou rapidamente. De 201 alunos, 7 turmas e 9 professores, no ano lectivo de 1959/60, passou para 4312 alunos, 137 turmas e 180 professores, no ano lectivo de 1967/68, atingindo o número recorde em Portugal, na década de 70, de 6000 alunos, tendo este número vindo a diminuir, gradualmente, nos últimos anos.
A população escolar desta nova escola no Concelho de Sintra era oriunda de todo o Concelho, e todos dias os jovens estudantes (10/11 anos, para o 1º ano do Ciclo preparatório), levantavam-se de madrugada dos limitrofes do Concelho - Pero Pinheiro, Vila verde, e mesmo de zonas do Concelho de Mafra, para se deslocarem durante várias horas nos poucos transportes colectivos que nos anos sessenta existiam,(autocarros e o comboio) para o Cacém, perdendo várias horas na ida e volta às suas casas ao fim do dia.
Em 2008, este cenário parece inacreditável , mas era assim, Portugal há 50 anos.
Memórias da Escola- Carteira em plástico com logotipo, e cartões de identificação de aluno e da Mocidade Portuguesa
O ensino técnico, criado nessa altura, como alternativa ao ensino liceal, tinha em vista formar profissionais em diversas áreas, preparando-os para enfrentar o mercado de emprego. O denominado ensino técnico tinha também uma carga socialmente discriminatória, porque inevitavelmente as classes menos favorecidas economicamente colocavam os seus filhos no ensino técnico, enquanto a classe média/alta escolhia a via liceal , com o objectivo do acesso ao ensino superior.
Já não mencionando o facto de no ensino técnico existir fardamento , para rapazes - fato de macaco de ganga, e para as raparigas batas com diversas cores conforme o curso que frequentavam, coisa que não acontecia no ensino liceal.
O processo de separação das instalações das escolas foi demorado, só se tornando definitivo em 1 Outubro de 1985.
*Dados que constam no livro "DEZ ANOS DE ACTIVIDADE DA ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE SINTRA"
(Publicação comemorativa do 10.º aniversário da E.I.C.S.)
Notas:
Memórias da Escola-Capa de Caderno
O Decreto n.º 457 de 28 de Outubro de 1971 separou a Escola Industrial e Comercial de Sintra em duas escolas: a Escola Industrial Ferreira Dias e a Escola Comercial Gama Barros. Estas escolas funcionaram no mesmo edifício enquanto a Escola Gama Barros não possuiu instalações próprias.
O processo de separação das instalações das escolas foi demorado, só se tornando definitivo em 1 Outubro de 1985.
*Dados que constam no livro "DEZ ANOS DE ACTIVIDADE DA ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE SINTRA"
(Publicação comemorativa do 10.º aniversário da E.I.C.S.)
Notas:
Fonte consultada:Site da Escola Secundária Ferreira Dias (Cacém)
Fotos: Escola Velha e Escola Nova-(Site Escola Ferreira Dias)
Fotos: Escola Velha e Escola Nova-(Site Escola Ferreira Dias)
Comentários
Bom post, parabéns.
Agradeço a visita, e o simpático comentário.
A construção da I.C. de Sintra, teve um grande impacto em todo Concelho de Sintra, vem alterar profundamente nos inícios dos anos sessenta o panorama do ensino secundário no concelho.
O rápido aumento da população escolar nesta escola demonstra a necessidade que na altura já havia de uma estrutura escolar, pois o números de Liceus no Concelho era diminuto, e os acessos (transportes públicos) no Concelho era deficiente - as longas horas perdidas para se chegar ao Cacém vindo das zonas mais distantes do Concelho era também nessa altura uma dificuldade, que ao longo dos anos foi sendo melhorada, assim como o sistema escolar.
Os antigos alunos que frequentaram a escola nos anos sessenta e inicios dos anos setenta, encontram com frequência antigos colegas em todas as partes do Concelho, consequência de durante esses anos todo o ensino técnico de Sintra estava na escola do Cacém.
m abraço
Eu tive sorte, pois bastava-me atravessar a rua.
Beijos.
A minha vida (quase) inteira foi (também),passada no Cacém. Eu também não perdia tempo em transportes,(ia e vinha a pé para casa) com grande pena minha na altura, pois os meu colegas apanhavam e viajavam em grupo diáriamente, e o meu limite era a estação da CP...
Um abraço
Um abraço aos antigos alunos
Tentarei em breve publicar mais um post sobre este assunto que me (nos)diz muito.
Abraços
Pedro Macieira
Também eu fiz o curso comercial nesta escola, que saudades...
Estive presente num dos últimos jantares organizado por antigos colegas "Toca do Júlio".
Cumprimentos
Teresa C.
Já não há nenhuma dúvida, anda mesmo tudo ligado!
Uma abraço
O meu nome é Rui Oliveira tenho agora os chamados 52 anos.........gostaria de rever colegas !!!!....
É uma ideia a prosseguir,embora exista por vezes organizações de jantares que promovem os reencontros.
Um abraço
pedromacieira@hotmail.com
So hoje vi este blog e as fotos da minha antiga escola do Cacém!
Que saudades!
Fui aluna desta escola do ano lectivo 1967 a 1971.
Foram os melhores anos da minha vida!
Tantas recordações!
Obrigada por estas fotos.
Gabriela Amaral
Um abraço
deolinda
alguem sabe do paradeiro de Pituco e do Armes?
Seria bom poder encontrar pessoas que deixarm boas marcas
Obrigado por uma memoria linda.
Tenho no meu sitio do facebook algumas fotos desses jantares se alguém quiser ver é pesquisar por Laura Durão.
Estou a tentar criar um grupo para fazer um jantarito para matar saudades, e quem aparecer será bem vindo.
Cumprimentos
Laura
(Pedro Domingos ou Pedro Alfredo, da Praia das Maçãs) também andei na Escola (a nossa Escola!) de 62 a 67/68, andei nos dois edificios, (pelo meio andei ainda na Marquês de Pombal - Lisboa), até pertenci à MP (Mocidade Portuguesa - li algo num dos posts anteriores?), iamos para o local da feira fazer exercicio, já nos entusiasmavamos com o olhar das colegas...ou quase no fim era mesmo amizade e de que tamanho é a nossa saudade?!
Fiz o curso de Montador electricista, com tantos colegas que nos deixam máguas de não os ver-mos tanto como gostariamos.Voltei a nadar à noite nos complementares, por alturas da morte do Sá Carneiro Tambem participei nalguns dos jantares organizados (os ultimos na Toca do Julio)por um grupo de antigos alunos, o Pardal organizou também um na Piscina da Praia Grande, nessa talvez estivessem umas trezentas pessoas.
Para azar dos referidos jantares, no qual fui indigitado para o ano seguinte, juntamente com mais 4 colegas, tendo fornecido todos os meus contatos mas (infelizmente) não fiquei com os das colegas e assim depois da morte de uma delas e subito "desaparecimento" de outra delas ficou a comissão impossibilitada de realizar, até outros colegas mais andados pelos jantares não tinham contatos e assim acabaram (??...) os jantares que nos iam reunindo de vez em quando.
Gostaria e estaria disposto a colaborarpara a realização de mais alguns.
Aqui deixo, com um forte abraço, o meu contato movel - 917 245 893 ficando aqui pela Praia das Maçãs.
Acabei de estar ontem numa reunião na Escola Ferreira Dias, ex.Escola Industrial e Comercial de Sintra - onde andámos quase na mesma altura, em que emprestei todos os objectos que tinha ainda na minha posse com o logotipo da antiga escola, para uma exposição que vai ter lugar a 27 de Fevereiro a 7 de Março.
http://www.riodasmacas.blogspot.com/2012/02/exposicao-volta-do-painel-na-escola.html
Portanto voltei de novo à escola do Cacém, e irei lá quando este evento começar.
Tentarei encontrar-te na Praia das Maçãs um dia destes.
Um abraço
Se na Praia das Maçãs vires passar um 2cv branco, quase de certeza serei eu.
Vivo mesmo ao lado da Capela da Vila Guida (a tal da Portuguesa, do Alfredo Keil).
Pena eu não ter nenhuma foto desse tempo da escola.
Entrei nesta saudosa "escola nova" no 1º. ciclo/preparatório. Fiz a admissão ao mesmo em 1963, ainda nos pavihões junto da escola antiga. Como natural e residente nessa época e Pero Pinheiro, dirigia-me diariamente de autocarro para Sintra e daí de comboio para o Cacém e vice-versa.Já lá vão 50 anos, que saudades. Ainda hoje quando lá passo (raramente), quase que aparece uma lágrima de saudade. Resta-me mostrar aos meus queridos netos a "Escola do avô Zé". Um grande abraço para todos os amigos do meu tempo e também para todos que po lá passaram.
Desejo-te un ótimo dia.
Descobri este post que me fez relembrar os momentos que vivi nesta escola. Confirmo o que foi aqui narrado. Foram tempos difíceis na era da Mocidade Portuguesa. Bem haja por me fazer recuar no tempo.