Palestra sobre "O Património Cultural Subaquático da Costa de Sintra"





"A costa de Sintra, a sua serra e o seu cabo, eram geralmente os primeiros pontos continentais a serem avistados por passageiros e tripulantes, após meses e meses de mar em volta. Por vezes, eram também os últimos: a Roca, para além de ponto de vigia de corsários, era notório ponto de nortadas e nevoeiros. Repousam ass...im nesta costa muitos navios e muitas memórias e tragédias marítimas."


A 3pontos – Ambiente, Arte e Cultura irá promover uma palestra subordinada ao tema "Naus, piratas, tesouros e corsários - O património Cultural Subaquático da Costa de Sintra", no Sábado, dia 2 de Agosto, às 15h00, na sala Gil Vicente do Hotel Tivoli Sintra, tendo como orador Alexandre Monteiro, investigador associado dos Institutos de Arqueologia e Paleociências e de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e do Center for Maritime Archaeology and Conservation (Texas A&M University, EUA), bem como membro da Academia de Marinha e do International Council on Monuments and Sites (ICOMOS).


A Entrada é gratuita, limitada à capacidade da sala (50 pessoas).
O estacionamento será gratuito no parque do Hotel Tivoli
Sintra.

Informação via:
https://www.facebook.com/events/803905366295142/?ref_newsfeed_story_type=regular


Naufrágios na Costa de Sintra
Praia das Maçãs
"A naveta Nossa Senhora da Conceição partiu para a Índia na Armada de 1635, sob comando de João da Costa.
(...)
A 17 de Dezembro de 1637 estava a naveta à vista do Cabo da Roca; dentro de poucas horas o navio estaria na baía de Cascais. Subitamente foram avistados, do lado de terra, quatro navios logo identificados como naus argelinas.
(...)
Ao avistarem a Conceição, os argelinos lançaram-se no seu encalço (...) os navios argelinos alcançaram a naveta ao largo da Praia das Maçãs. Travou-se um curto e violento combate de artilharia que deixou a  Conceição imobilizada e com o aparelho destruído.
Na iminência de ser abordado, João da Costa mandou deitar fogo ao navio e escapou-se para terra no batel, com a sua gente."
In "Grandes Batalhas Navais Portuguesas"/José António Rodrigues Pereira

 
 
 
 
NAU SANTA CATARINA DE RIBAMAR-A nau almirante Santa Catarina de Ribamar partiu de Goa a 17 de Março de 1635, sob o comando do capitão Luís de Castanheda de Vasconcelos. Na noite de 1 para 2 de Novembro do mesmo ano deu à costa no cabo da Roca. O local preciso é algo incerto: de acordo com outros testemunhos coevos, o naufrágio poderá ter ocorrido no rio das Maçãs – dos léguas desta barra en la costa, parage que llaman de la Maçã - no penhasco que chamam Guincho, perto de Lisboa, ou abaixo da costa de Colares

Em Espanha, o Archivo General de Simancas guarda ainda o testemunho do grumete Fernando de Oliveira – venienedo en la vuelta de Cascais le falto el viento en el parage donde ella hizo naufrágio; por la parte ser peñascosa se costó luego una amrra y trás ella outra que echaron; entrando la noche tempestuosíssima y echando la nao mas amarras creció de manera que a media noche quedo sobre una y que querendo por ultimo remédio dar a la vela no era el viento favorable y assi vencieron los mares dando com la nao de atravéz dos horas antes que amañecesse deshaciendose todas en un instante; haziendo uno de los notables naufrágios de que puede haver memoria, salvandose solamente de quinze para vinte personas das 470 que trazia a bordo

Corveta Nossa Senhora do Carmo, S. José e Almas

-Em 1786 a corveta Nossa Senhora do Carmo,S.José e Almas,naufraga a 19 de Março perto da Samarra,vinda de Pernambuco.Dos 27 tripulantes,só 7 sobreviveram,tendo recolhido ao hospital de Sintra.-


 

 
 

Comentários

Graça Sampaio disse…
Belo levantamento! País de marinheiros com uma costa marítima como mais nenhum na Europa e não sabemos nada da nossa história trágico-marítima...

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