Sintra - outras epidemias
No momento que o Mundo enfrenta uma das mais graves pandemia, a COVID-19, em que ainda se tenta desesperadamente descobrir uma vacina - Sintra tem na sua história e em alturas diferentes intervenções de carácter urgente, para socorrer as vitimas de algumas epidemias que grassaram na região.
Hospital provisório em 1918 - O surto da "gripe espanhola"
Fotografia retirada da "Ilustração Portuguesa ",nº 670 de 23 de Outubro de 1918, da visita do Provedor da Misericórdia de Sintra a um hospital provisório, instalado nesta Vila, para combater a terrivel epidemia de pneumónica.
"A pneumónica apanha o mundo e as autoridades sanitárias desprevenidas, até porque ainda se desconhecia a existência do vírus, e Portugal não escapa ao surto quando no final de Maio de 1918 surge o primeiro caso em Vila Viçosa, e rapidamente o contágio se propaga pelo país de sul para norte. Os mortos portugueses são uma ínfima parte dos mais de 20 milhões de vítimas em todo o mundo - embora existam estimativas que apontam para números bem mais altos -, mas é uma quantidade tão impressionante que pode ser considerada a mais alta para uma doença do género em Portugal."
João Céu e Silva
Apresentamos uma fotomontagem do edifício, onde estava instalado aquele provisório hospital - A Escola Primária Domingos José de Morais.
Mais tarde em 1926 um grave surto de tuberculose
No início do Sec.XX existiu em Colares uma instituição que dava apoio a menores do sexo feminino, numa altura em que a tuberculose era a grande ameaça e denominava-se "Preventório de Colares", tinha como impulsionadora D. Isabel Morais Sarmento. Segundo dados publicados no "Jornal de Sintra" nos primeiros nove anos da sua existência o Preventório teria apoiado para cima de trezentas crianças,” filhas de tuberculosos “necessitados da zona de Colares.
O Preventório de Colares debateu-se desde o seu início,(1926) com problemas de ordem financeira. Para fazer face a essas necessidades, frequentemente organizava festas de angariação de fundos. Como curiosidade e demonstrativa da importância que estas festas tinham para a região de Colares, o facto da Companhia Sintra-Atlântico ter um serviço especial que era mencionado com os respectivos horários no anúncio da festa de recolha de fundos, "Sempre pronta a corresponder aos desejos do público, estabeleceu um serviço especial de carreiras de eléctricos”
O Palacete onde existiu o Preventório de Colares, foi construído no século XVI por D.Fernando Coutinho, Bispo de Silves pertenceu até princípios do século XX a D.Maria José Dik Bandeira Nobre, veio a ser adquirido mais tarde pelo Conde de Mafra que o vendeu à familia Schumberger.Hoje denomina-se Quinta do Vinagre
Revista "Ilustração" nº70 de 16 de Novembro de 1928
Hospital provisório em 1918 - O surto da "gripe espanhola"
Fotografia retirada da "Ilustração Portuguesa ",nº 670 de 23 de Outubro de 1918, da visita do Provedor da Misericórdia de Sintra a um hospital provisório, instalado nesta Vila, para combater a terrivel epidemia de pneumónica.
"A pneumónica apanha o mundo e as autoridades sanitárias desprevenidas, até porque ainda se desconhecia a existência do vírus, e Portugal não escapa ao surto quando no final de Maio de 1918 surge o primeiro caso em Vila Viçosa, e rapidamente o contágio se propaga pelo país de sul para norte. Os mortos portugueses são uma ínfima parte dos mais de 20 milhões de vítimas em todo o mundo - embora existam estimativas que apontam para números bem mais altos -, mas é uma quantidade tão impressionante que pode ser considerada a mais alta para uma doença do género em Portugal."
João Céu e Silva
Apresentamos uma fotomontagem do edifício, onde estava instalado aquele provisório hospital - A Escola Primária Domingos José de Morais.
Mais tarde em 1926 um grave surto de tuberculose
No início do Sec.XX existiu em Colares uma instituição que dava apoio a menores do sexo feminino, numa altura em que a tuberculose era a grande ameaça e denominava-se "Preventório de Colares", tinha como impulsionadora D. Isabel Morais Sarmento. Segundo dados publicados no "Jornal de Sintra" nos primeiros nove anos da sua existência o Preventório teria apoiado para cima de trezentas crianças,” filhas de tuberculosos “necessitados da zona de Colares.
O Preventório de Colares debateu-se desde o seu início,(1926) com problemas de ordem financeira. Para fazer face a essas necessidades, frequentemente organizava festas de angariação de fundos. Como curiosidade e demonstrativa da importância que estas festas tinham para a região de Colares, o facto da Companhia Sintra-Atlântico ter um serviço especial que era mencionado com os respectivos horários no anúncio da festa de recolha de fundos, "Sempre pronta a corresponder aos desejos do público, estabeleceu um serviço especial de carreiras de eléctricos”
O Palacete onde existiu o Preventório de Colares, foi construído no século XVI por D.Fernando Coutinho, Bispo de Silves pertenceu até princípios do século XX a D.Maria José Dik Bandeira Nobre, veio a ser adquirido mais tarde pelo Conde de Mafra que o vendeu à familia Schumberger.Hoje denomina-se Quinta do Vinagre
Revista "Ilustração" nº70 de 16 de Novembro de 1928
Comentários