O Rancho Folclórico de Colares
Em 1937 Colares vivia uma fase de grande desenvolvimento.Época em que a Adega Regional de Colares, com o Dr.Brandão de Vasconcelos e Alberto Totta na direcção reflectia também os bons resultados da produção do vinho de Colares.
Com o apoio de Alberto Totta , Colares tinha um rancho folclórico que era na época também uma marca da região. O Rancho premiado, na 1ª festa da Vindimária,(1936) com um alto galardão ”O Cacho Dourado”, entregue pelo então Presidente da República ,Marechal Carmona, orgulhou todos os que se identificavam com o trabalho da Adega Regional de Colares e todos que se viam reflectidos nos êxitos do Rancho, como verdadeiro embaixador de Colares.
Com imagens obtidas no “Jornal de Sintra” de Junho de1937 , aqui ficam alguns momentos que fazem parte da história de Colares:
O Ramisco
Plo mundo como estão vendo,
Vão os Reis desaparecendo,
Sem respeito a pergaminhos!
Mas firme como um ob’lico (obelisco)
Será o «Colares –Ramisco»
Tôda a vida o Rei dos Vinhos.
*
Estribilho
*
Todos devem preferir
Este vinho em Portugal
Na Adega Regional
Que se bebe até cair
Sem conseguir fazer mal.
*
Mulher velha ,já caida
.Aborrecida da vida,
Pla morte a correr o risco,
Pode voltar a ser nova
Bebendo até ir p’ra cova
Só vinho «Colares Ramisco».
*
Na cama um tipo morria...
Já não falava, não via
Quando o médico chegou...
Deu-lhe a comer um petisco
Por cima «Colares Ramisco»
E o homem ressuscitou.
*
Pedro Bandeira(Música de Bernardo Ferreira –cantada pelo rancho de Colares)
Comentários
já é tão raro encontrar vinho de Colares...
Lembro um espectáculo a que assisti na Adega de Colares que apresentava a Carmen de Bizet - uma maravilha assim ouvida e encenada!