Palácio de Seteais/Interiores
Palácio/Hotel de Seteais
A oportunidade de uma visita ao interior do Palácio/Hotel de Seteais, durante a apresentação do livro “Palácio de Seteais Arquitectura e Paisagem” , de Jorge Batista – possibilitou fazer as fotos que publicamos.
"Os interiores, na sua maior parte revestidos de sedas e mobílias, apresentam bom gosto, realçando-se os magníficos frescos do andar nobre, atribuído aos discípulos de Jean Pillement, ou até mesmo ao próprio pintor, dada a pureza das suas linhas. Na sala de jantar, encontramos uma exuberante vegetação exótica, em que se debatem sereias e tritões. No salão menor, são já as paisagens “rocailles”, onde brincam crianças, engalanadas por representações de reposteiros de estilo neo-clássico e por passamanarias ao gosto chinês."
*Texto: Câmara Municipal de Sintra
Notas históricas
O Palácio de Seteais, hoje um hotel de luxo (concessão renovada ao Grupo Hotéis Tivoli) e com prolongadas obras de recuperação - é parte integrante do património edificado e histórico de Sintra.
“A quinta da Alegria ou Seteais foi anunciada para venda em 1796, estando encarregado d’esta Carlos José Von Nefs, morador na rua de S.Francisco da Cidade. Depois annunciaram, sucessivamente, o leilão de todos os bens da viuva D.Joanna Gildemeester, constante de muitas joias de perolas e brilhantes soltos, pinturas, loiças de Saxónia, livraria de bellas lettras, etc. O leilão continuava em 1800. O palacio de Seteais passou por compra, ao marquez de Marialva, que ahi ofereceu bellas festas a D.Maria I.”
“O terreiro pegado ao palacio serviu, in illo tempore, para exercitações dos milicianos cintrenses com as suas reiunas ferruginosas e, modernamente para os sportismos muito mais fragueiros das tauromachias. Em 1853 e 1855 houve ahi curiosissimas toiradas fidalgas.
A ultima festa que se deu no palacio de Seteais foi em 2 de Setembro de 1876.Consistiu em recita e baile, a que assistiram el-rei D.Fernando, o infante D.Augusto , a condessa d’Edla , os duques de Palmella e de Loulé, Fontes,etc.
No palacio de Seteais não se repetiram as festas. E elle lá se conserva immerso nas recordações deplorativas, e tristes pela nostalgia do passado..."
*Pinto de Carvalho - Texto, publicado na revista “Brasil Portugal” de 1 de Abril de 1901
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