Marketing da Adega Regional de Colares em 1938

Reprodução de página de"O Vinho de Colares"
Numa reimpressão de “O Vinho de Colares” edição da Adega Regional de Colares de 1938 , feita pela C.M.Sintra encontramos uma obra muito interessante e um grafismo da época, que demonstra o cuidado com a imagem que o vinho de Colares já teria para os produtores nessa altura.
Transcreve-se um texto publicitário sobre o vinho de Colares:

O Vinho de Colares é vinho com corpo, alma e perfume.
É o vinho da mais linda cor rubi, quando novo, e de cor acastanhada, ou casca de cebola velha, quando antigo.
Antes de o beber deve, através do copo, contemplar-se a sua linda cor e aspirar-se o seu rico perfume.
Num trago delicado é agradabilíssimo por toda a boca; o sabor e o perfume mixto de amêndoas e violetas dispersa-se estimulando o paladar.
O Vinho de Colares é um vinho servido nas refeições não embota o gosto apurado para o vinho do Porto; o vinho branco servido com o peixe, o vinho tinto acompanhando entradas de carne, ou de caça, não estraga, não torna insensível, nem enfraquece a sublimidade receptiva daquele vinho fino do Douro.
Pela delicadeza da sua composição e perfume não convém deixá-lo na garrafa de um dia para o outro.É finalmente um vinho para apreciadores , para os que sabem beber, para os que tem o sentido gustativo,refinado e distinto
.

Rótulo Collares Burjacas de J.Gomes da Silva Júnior

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Comentários

Anónimo disse…
Na altura ainda havia publicidade,hoje,mesmo com a zona demarcada há que fazer algo.Parece que a Fundação Oriente comprou uma adega e terras para explorar o vinho,a ver vamos...
pedro macieira disse…
Por lapso não tinha incluido nos Posts relacionados uma noticia sobre a Fundação Oriente e o Vinho de Colares que refere que a Fundação Oriente, além de ter vinhas próprias (nove hectares da Vinha Grande entre a Praia das Maçãs e as Azenhas ) assegurar a gestão de quatro hectares de vinha da Quinta do Conde, na Várzea de Colares, propriedade da Fundação Stanley Ho.” E que será da Adega do magnata do jogo que “irão sair as 15 mil garrafas de ramisco e outras tantas de branco que Pedro Cunha (da Sociedade agrícola da F.Oriente) espera vir a produzir.” parece portanto que há possibilidades de o vinho de Colares, desta vez com dinheiros orientais ter um empurrão do marasmo em que se encontra.

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