O caso da bomba de gasolina junto ao Hospital da Misericórdia de Sintra
Existiu durante muitos anos, uma bomba da gasolina junto ao antigo Hospital da Misericórdia, na Vila Velha de Sintra. A localização dessa bomba de gasolina,decorria o ano de 1940 não foi pacífica, o Provedor da Misericórdia na altura Capitão Américo dos Santos, contestou, junto do Governador civil de Lisboa, através de oficio, em 20/02/1940 , pedindo a paralisação das obras de instalação da referida bomba de gasolina com a sensata justificação de que”estando muito próximo do Hospital, e parecendo-me que tal facto pode vir a originar prejuízos incalculáveis para esta Santa Casa e até perigo iminente para os doentes hospitalizados”,simultaneamente para o protesto se tornar público, chamou o jornalista para que fizesse “eco, no seu jornal de Sintra, desta triste resolução”.o jornalista transcreve em discurso directo o que aconteceu, neste curioso diálogo:
”-Oh homem! Já viu uma coisa assim? Andam a abrir um enorme fosso no coração da Vila velha, mesmo junto ao Hospital e farmácia da Misericórdia para instalação de uma bomba de gasolina!!!
-Mas...
-Mas é um contrasenso, meu amigo- atalhou o Capitão Américo. Não pode ser, pelo perigo moral e material que representa, levar-se por deante tamanha afronta.
E que eu na minha qualidade de provedor da Santa casa da Misericordia de Sintra, já tomei uma enérgica atitude contra o facto (o oficio).Mesmo não desejo ser vitima das criticas alheias a respeito deste caso, que não se pode admitir, por principio algum.”
O jornalista exclama –“Sr. Capitão: Certamente foram publicados editais nesse sentido.”
Mas o capitão replica que “É provável mas eu não sou obrigado a ler todos os jornais. E se isso aconteceu passou pela malha. Seja, no entanto, como for, eu não me posso conformar com tal bomba,naquele sitio.”
Apesar destes oficiais protestos a bomba da gasolina lá ficou durante muitos anos , talvez mais de 50 anos, entretanto o Hospital da Misericórdia fechou, e a bomba acabou e na altura que o Hospital reabrir neste século XXI,(?) já não terá aquela pouco ecológica e insegura companhia
-De uma notícia publicada no "Jornal de Sintra" de 25-02-1940
Nota:Foto antiga, retirada das Obras de José Alfredo Azevedo-V
”-Oh homem! Já viu uma coisa assim? Andam a abrir um enorme fosso no coração da Vila velha, mesmo junto ao Hospital e farmácia da Misericórdia para instalação de uma bomba de gasolina!!!
-Mas...
-Mas é um contrasenso, meu amigo- atalhou o Capitão Américo. Não pode ser, pelo perigo moral e material que representa, levar-se por deante tamanha afronta.
E que eu na minha qualidade de provedor da Santa casa da Misericordia de Sintra, já tomei uma enérgica atitude contra o facto (o oficio).Mesmo não desejo ser vitima das criticas alheias a respeito deste caso, que não se pode admitir, por principio algum.”
O jornalista exclama –“Sr. Capitão: Certamente foram publicados editais nesse sentido.”
Mas o capitão replica que “É provável mas eu não sou obrigado a ler todos os jornais. E se isso aconteceu passou pela malha. Seja, no entanto, como for, eu não me posso conformar com tal bomba,naquele sitio.”
Apesar destes oficiais protestos a bomba da gasolina lá ficou durante muitos anos , talvez mais de 50 anos, entretanto o Hospital da Misericórdia fechou, e a bomba acabou e na altura que o Hospital reabrir neste século XXI,(?) já não terá aquela pouco ecológica e insegura companhia
-De uma notícia publicada no "Jornal de Sintra" de 25-02-1940
Nota:Foto antiga, retirada das Obras de José Alfredo Azevedo-V
Comentários
Espero que volte a abrir ainda a tempo de eu voltar às consultas...
Amanhã coloco um post sobre o assunto.
Um abraço
Um abraço
Um abraço.
Zé