Atentado ao património na Escola EB1 das Azenhas do Mar
Por ajuste directo foi adjudicada em 14-11-2008 pela EDUCA –"Empresa Municipal de Gestão e Manutenção de Equipamentos Educativos de Sintra", à "Constrope - Construções, Sa," por 52.033.32 euros a empreitada de " Reparação do pavimento e caixilharia na escola EB1 das Azenhas do Mar"*. Intervenção que terá ocorrido durante o o mês de Dezembro de 2008.
Escola “criada por Alfredo de Magalhães, então Ministro da Instrução Pública, e pela acção conjunta de uma comissão de melhoramentos local, constituída, entre outros, por Alberto Totta, António Bernardino da Silva, João Alves de Freitas, João Bernardino da Silva, João Augusto Tavares e José Maria Tavares. A construção da escola iniciou-se em 7 de Agosto de 1927 e José Pedro Martins, da Repartição de Construções Escolares do Ministério da Instrução dirigiu os trabalhos técnicos” * inaugurada pelo Presidente Oscar Carmona em 24 de Junho 1928.
Alertado por elementos da população das Azenhas do Mar para as consequências negativas no edificio da escola, derivado da empreitada em causa, não foi dificil no local verificar os resultados de uma intervenção que não teve em consideração o valor patrimonial daquela escola.
Resultados da intervenção
Todo o revestimento da sala de aula em talha, que existia até meia altura da parede foi arrancado alterando completamente o aspecto original da sala de aula.
Foto do interior da sala de aula com o revestimento de madeira
As janelas em madeira foram substituídas por alumínio, e não respeitaram o desenho original das vidraças .
As janelas antes da intervenção
As janelas depois da intervenção
A população das Azenhas , criou uma uma comissão “hadoc”, quando foi detectado os estragos provocados pelas obras, e após recuperação de uma pequena amostra do revestimento arrancado das paredes da sala de aula, exigiram à CMS, a reposição do revestimento agora destruído.
Aguarda-se uma rápida resposta por parte da EDUCA de forma a repor (embora agora com materiais diferentes dos originais) o revestimento da sala de aula , naquela que é sem dúvida uma das escolas mais belas de Portugal.
Mais um exemplo da falta de respeito pelo valor patrimonial do que nos foi legado, não havendo o cuidado de estudar os ambientes onde as intervenções irão ocorrer, criando situações irreversíveis e graves danos ao património pertença de todos nós.
Notas
-Dados históricos encontrados no Site da Junta de Freguesia de Colares
-*Dados da BASE Contratos Públicos Online
Escola “criada por Alfredo de Magalhães, então Ministro da Instrução Pública, e pela acção conjunta de uma comissão de melhoramentos local, constituída, entre outros, por Alberto Totta, António Bernardino da Silva, João Alves de Freitas, João Bernardino da Silva, João Augusto Tavares e José Maria Tavares. A construção da escola iniciou-se em 7 de Agosto de 1927 e José Pedro Martins, da Repartição de Construções Escolares do Ministério da Instrução dirigiu os trabalhos técnicos” * inaugurada pelo Presidente Oscar Carmona em 24 de Junho 1928.
Alertado por elementos da população das Azenhas do Mar para as consequências negativas no edificio da escola, derivado da empreitada em causa, não foi dificil no local verificar os resultados de uma intervenção que não teve em consideração o valor patrimonial daquela escola.
Resultados da intervenção
Todo o revestimento da sala de aula em talha, que existia até meia altura da parede foi arrancado alterando completamente o aspecto original da sala de aula.
Foto do interior da sala de aula com o revestimento de madeira
As janelas em madeira foram substituídas por alumínio, e não respeitaram o desenho original das vidraças .
As janelas antes da intervenção
As janelas depois da intervenção
A população das Azenhas , criou uma uma comissão “hadoc”, quando foi detectado os estragos provocados pelas obras, e após recuperação de uma pequena amostra do revestimento arrancado das paredes da sala de aula, exigiram à CMS, a reposição do revestimento agora destruído.
Aguarda-se uma rápida resposta por parte da EDUCA de forma a repor (embora agora com materiais diferentes dos originais) o revestimento da sala de aula , naquela que é sem dúvida uma das escolas mais belas de Portugal.
Mais um exemplo da falta de respeito pelo valor patrimonial do que nos foi legado, não havendo o cuidado de estudar os ambientes onde as intervenções irão ocorrer, criando situações irreversíveis e graves danos ao património pertença de todos nós.
Notas
-Dados históricos encontrados no Site da Junta de Freguesia de Colares
-*Dados da BASE Contratos Públicos Online
Comentários
Vale o bom povo das Azenhas que zela pelo seu legado. Parabéns a ele.
Cumpts.
Este caso exemplifica bem a falta de sensibilidade de quem tem o poder de "tratar" do património que um dia lhe foi ter à mão...
Ainda recentemente a escola das Azenhas comemorou os seus 80 anos.
Escola que é a joia da coroa da população das Azenhas do Mar.
Nos finais de 2008 em Seteais,foi destruido um tanque de água centenário com autorização do IGESPAR, cumplicidade da CMS e PSML, pelo concessionário Grupo Espirito santo/Hoteis Tivoli, para o transformar em casa de máquinas.
A crise que tanto se fala actualmente é fundamentalmente uma crise de valores.
Um abraço