De Sintra a olhar para Gaza
Hoje não me é possivel tratar de património, nem da história de Sintra, enquanto vejo as imagens da chacina que Israel está a praticar na faixa de Gaza, com a indiferença e a hipocrisia dos poderosos deste mundo.
Aqui em Sintra olhamos com tristeza e impotentes sobre o que se está a passar naquele pequeno enclave, mais pequeno que o Algarve e com um milhão e meio de habitantes, a ser esmagado pelo mais moderno exército do mundo, armado pelas potências, que se proclamam campeões dos direitos humanos...
Um lúcido texto de Fernando Nobre (Presidente da AMI) "Grito e choro por Gaza e Israel" põe o dedo na ferida: aqui
Comentários
"Cædite eos. Novit enim Dominus qui sunt eius" / "Matem-nos a todos. Deus reconhecerá os seus".
800 anos depois desse massacre, governos deste mundo "civilizado" cumprem com igual entusiasmo a mesma máxima: matar sem discriminação, sem critério, sem piedade.
Muito triste, tudo isto. Muito revelador dos tempos que vivemos. Infelizmente, não surpreende ninguém.
Em luto por todas as mortes por motivos políticos e religiosos.
Que raio de mundo é este quando um dos lideres de Israel, Shimon Perez, e defensor da actual chacina é um prémio nóbel da paz!!!
Um abraço
Agradeço a sua participação com o seu comentário.
Não lamento as vitimas inocentes de um só lado, lamento-as todas.
Segundo dados do jornal Público de hoje, "Até agora morreram um total de 702 palestinianos, incluindo 215 crianças e 98 mulheres, e ficaram feridos 2950, segundo fontes médicas de Gaza.Do lado israelita morreram sete soldados e três civis". De notar que quatro militares invasores israelitas foram mortos por "fogo amigo".
Como pode reparar o sinal de barbárie destes dados consequência da invasão de um território soberano por Israel não está do lado do Hamas grupo fundamentalista religioso, mas sim do seu vizinho "democrático", e que talvez porque receia alteração da situação geoestratégica pela tomada de posse do presidente Obama e porque tem eleições em breve faça a sua campanha eleitoral com demonstrações de força no território vizinho chacinando crianças e mulheres.