Fonte da Sabuga
A Fonte da Sabuga em 1850
"A qualidade salutífera das águas da bica da Sabuga, de origem vincadamente medieval - o topónimo surge, pela primeira vez, num documento de 1406 , contribuíram para que cedo se transformasse num referencial sintrense. De facto, a sua qualidade milagreira ganhou-lhe o epíteto de «a mais cellebre» de entre todas as fontes de Sintra, e nela Sua Majestade, D. Luísa de Gusmão, deliciou-se «com a famosa água», em 1652.Nos alvores do evo setecentista, a fonte foi «mandada fazer de novo» como o atestará uma epígrafe anotada por Almeida Jordam:
ESTA OBRA MANDOU FAZER / O SENADO DA CAMERA DESTA VILLA / SENDO PRESIDENTE DELLA O / DOUTOR MATHIAS FRANCO / FERREIRA NO ANNO DE M.DCC.IX.
A célebre fonte, todavia, sofreu grandes estragos com o purulento terramoto de 1 de Novembro de 1755, mas dois anos depois estava refeita, conforme o atesta a lápide aposta ao frontal:
ESTA OBRA MANDOV FAZER O SENADO / DA CAMARA DESTA VILA SENDO PRE / ZIDENTE O D.R MARCELINO IOZE DE PON / TES VIEIRA E O PROCURADOR ANTO RIB / DE CEQVEIRA RIBAFRIA ANNO 1757
Em termos arquitectónicos, o prospecto do fontanário resultante da restauração pós-terramoto aproxima-se bastante do actual, permanecendo coroado por coruchéus alternados com frontões envoluteados de gosto barroco, abrindo-se, ao centro, a pedra de armas do município envolvida numa fina cercadura. Estão, também, documentados trabalhos de beneficiação em 1804 e em 1850. Mas, a última grande intervenção data já de 1956, quando se colocou o lambril de azulejos azuis e brancos com putti enquadrando aparato floral."
Texto do site da CMS
A Fonte da Sabuga após as obras de intervenção de 2004/5, recuperou o aspecto (as três paredes estavam cobertas a meia altura por painéis de azulejos, de fabricação industrial de meados do séc. XX), e cor original.Obra que criou grande polémica na altura, tendo mesmo considerado a Associação de Defesa do Património de Sintra, de que "a fonte da Sabuga é querida pela população e (...) não se deve mexer no imaginário das pessoas".
Diz o povo que quem bebe a água da Sabuga, jamais esquecerá Sintra
-Num texto de 1727 pode ler-se “.Na Vila de Sintra, comarca de Alenquer, ha huma fonte, q que chamão da Sabuga, cuja agoa, bebida em jejum , cura as diarrheas biliosas, e procedidas de intemperanças quetes no que ha muytas experiencias”.
Em 1942 foi legalizada a firma «Águas de Sintra,Lda», que explorava ilegalmente a nascente dessa água.
Fontes:
Site daCMSintra
Obras de José Alfredo Azevedo
Blogue "Ruas do dia que voam" (anúncio das águas da Sabuga)
Site “Águas Termais”
"A qualidade salutífera das águas da bica da Sabuga, de origem vincadamente medieval - o topónimo surge, pela primeira vez, num documento de 1406 , contribuíram para que cedo se transformasse num referencial sintrense. De facto, a sua qualidade milagreira ganhou-lhe o epíteto de «a mais cellebre» de entre todas as fontes de Sintra, e nela Sua Majestade, D. Luísa de Gusmão, deliciou-se «com a famosa água», em 1652.Nos alvores do evo setecentista, a fonte foi «mandada fazer de novo» como o atestará uma epígrafe anotada por Almeida Jordam:
ESTA OBRA MANDOU FAZER / O SENADO DA CAMERA DESTA VILLA / SENDO PRESIDENTE DELLA O / DOUTOR MATHIAS FRANCO / FERREIRA NO ANNO DE M.DCC.IX.
A célebre fonte, todavia, sofreu grandes estragos com o purulento terramoto de 1 de Novembro de 1755, mas dois anos depois estava refeita, conforme o atesta a lápide aposta ao frontal:
ESTA OBRA MANDOV FAZER O SENADO / DA CAMARA DESTA VILA SENDO PRE / ZIDENTE O D.R MARCELINO IOZE DE PON / TES VIEIRA E O PROCURADOR ANTO RIB / DE CEQVEIRA RIBAFRIA ANNO 1757
Em termos arquitectónicos, o prospecto do fontanário resultante da restauração pós-terramoto aproxima-se bastante do actual, permanecendo coroado por coruchéus alternados com frontões envoluteados de gosto barroco, abrindo-se, ao centro, a pedra de armas do município envolvida numa fina cercadura. Estão, também, documentados trabalhos de beneficiação em 1804 e em 1850. Mas, a última grande intervenção data já de 1956, quando se colocou o lambril de azulejos azuis e brancos com putti enquadrando aparato floral."
Texto do site da CMS
A Fonte da Sabuga após as obras de intervenção de 2004/5, recuperou o aspecto (as três paredes estavam cobertas a meia altura por painéis de azulejos, de fabricação industrial de meados do séc. XX), e cor original.Obra que criou grande polémica na altura, tendo mesmo considerado a Associação de Defesa do Património de Sintra, de que "a fonte da Sabuga é querida pela população e (...) não se deve mexer no imaginário das pessoas".
Diz o povo que quem bebe a água da Sabuga, jamais esquecerá Sintra
-Num texto de 1727 pode ler-se “.Na Vila de Sintra, comarca de Alenquer, ha huma fonte, q que chamão da Sabuga, cuja agoa, bebida em jejum , cura as diarrheas biliosas, e procedidas de intemperanças quetes no que ha muytas experiencias”.
Em 1942 foi legalizada a firma «Águas de Sintra,Lda», que explorava ilegalmente a nascente dessa água.
Fontes:
Site daCMSintra
Obras de José Alfredo Azevedo
Blogue "Ruas do dia que voam" (anúncio das águas da Sabuga)
Site “Águas Termais”
Comentários
Posso sugerir uma investigação?
As Nozes de Galamares, o que foi feito delas?
Cumprimentos.
Agradeço o seu simpático comentário, quanto à sua sugestão, é um assunto de que já tenho tentado reunir alguma informação, mas ainda não consegui grandes resultados.Mas irei continuar a indagar junto das pessoas de Galamares.
Um abraço
É muitíssimo interessante esta antiga fonte de Sintra. Destaco a pedra de armas que se encontra colocada por cima do Sol.
Lindíssima, e digníssima, a Fonte da Sabuga.
Rui
A fonte da Sabuga tem alguma imponência, pena que não esteja devidamente conservada.
Um abraço
Essa garrafa é histórica, não deverá haver muitas.
Um abraço