Tauromaquia Sintrense em 1904
"Pela gravura fixamos a luzida festa no dia 14 na Praça de Cintra, e damos logar de honra, na primeira pagina, ás presidentes de honra, na primeira pagina – um grupo delicioso de portuguezas encadernadas em andaluzas.
Sob os olhares de taes juizes não houve marradas que intimasse os lidadores. De ahi o arrojo das pégas, o brilho dos cavalleiros, o aspecto dos bandarilheiros, a elegancia nos saltos á trincheira. Muitos risos muita alegria, muitas commoções sem um trambulhão. As proprias féras receberam as investidas, muito cheias de si, n´essa orgia de luz, de bohemia, de rebuçados e de palmas. E quando mais tarde as levaram para as leziria iam tristes, com saudades da estroinice que apenas durou uma tarde. Estamos antevendo, de aqui a 20 annos, este punhado de mocidades, curvado sobre o Brasil-Portugal, a relembrar a scena, e as suas figurinhas alegres, já então roçando pelos 40 e pela sisudez de paes de familia. Reproduziremos por essa epocha os grupos, se antes nos não houver a terra-mãe comido os ossos."
Publicado na revista Brasil-Portugal Nº137 de 1 de Outubro de 1904
A história da velha praça de touros, contada por José Alfredo da Costa Azevedo.
“Entre as Ruas Barros Queirós, Ulisses Alves, Capitão Mário Pimentel e traseiras dos prédios da Avenida Heliodoro Salgado, onde foi construído o mercado actual da Estefânia existiu uma praça de touros, construída antes de 1878,(...).foi demolida após a implantação da República, por ordem do Presidente do Município, Fernando Formigal de Morais, com a intenção de fazer uma melhor.Mas, o Formigal de Morais, aborreceu-se com o cargo (e isso acontece a muita gente boa),abandonou-o e a praça de touros nunca mais se construiu.”
Obras de José Alfredo da Costa Azevedo-Bairros de Sintra.
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