Passeio á Villa de Cintra em 1907

" Estação de caminho de ferro e arcos das águas livres em Campolide-principio do sécXX "(Foto retirada da revista Cais nº34 Novembro1998)

Dirigir-se-ha o viajante á Estação Central do Rocio, d’onde partem os comboios para a vila de Cintra (1ªclasse 530 reis –2 ª., 360 -3ª., 230).

As partidas são muito frequentes, principalmente na epocha do verão, devido ao extraordinário movimento que ha, não só para tão bella estancia, como também para todas as povoações servidas pelo caminho de ferro de Cintra.Entre essas povoações destacam-se Queluz e Belas de que adeante falaremos.

Cintra dista de Lisboa 30 kilometros.


O trajecto em comboio rápido, é feito em pouco mais de meia hora; e em comboio ordinário , no dôbro do tempo , sem, porém, se tornar fastidioso, pois ha sempre surpresas na variedade do panorama .

Logo que o comboio galga o tunnel , onde entra á partida da estação do Rocio, descobrem-se á esquerda no sitio denominado Rabicha, ao principio do Valle de Alcantara, os Arcos das Aguas Livres, obra notavel de D.João V.

(...)De Cacem em deante, do lado esquerdo , avistam-se já , por vezes, os castellos da Pena e dos Mouros.


E assim, debaixo da impressão mais agradável, chega-se a Cintra, villa encantada, que a natureza, n’um prodigio de esthética e excesso de bom humor, conseguiu elevar com tudo quanto a imaginação póde conceber de bello e grandioso.(...)Á sahida da estação, entra-se na villa esthephania.


Fonte:Guia do viajante em Portugal e suas colonias em Africa. ed.Empresa Nacional de Navegação 1907

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