Efeméride: O regicídio de 1 de Fevereiro de 1908
Paço Ducal de Vila Viçosa
Sexta feira 31 de Janeiro de 1908
É a guerra que o ministro da justiça desembarcando ás 11 horas da noite na estação do Terreiro do Paço, de regresso de Vila Viçosa, traz na sua pasta vermelha.
(...)
Por esse diploma, o governo fica habilitado a deportar para qualquer das possessões ultramarinas, ao seu alvedrio, encarcerar e pôr na fronteira os individuos pronunciados por algum dos crimes compreendidos no decreto de 21 de Novembro. “Essas condenações seriam proferidas pelo conselho de ministros”, sem qualquer intervenção do poder judicial.Assim o governo acumularia com as funções de executor e de juíz!
Sábado 1 de Fevereiro de 1908
Amanheceu um dia alegre de inverno, de uma grande serenidade na natureza.
Nos jornais da manhã todos encontravam, surpreendidos, o texto do espantoso decreto assinado na véspera. O assombro foi unânime. Lia-se e era com custo que se acreditava no que se lia. Qual seria o resultado de tão destemperada violência?
E regressava o rei naquele dia?
Os mais ponderados não acreditavam. Até poderia parecer uma provocação.
Contudo, á hora fixada, o comboio real saiu de Vila Viçosa.
(...)
Nas agulhas da Casa Branca descarrilaram a máquina e dois fourgons do comboio,mas depressa se remedeou o acidente.
(...)
O vapor do Barreiro atracou finalmente á ponte do Terreiro do Paço ás 5 horas e 20 minutos, com pouco mais de uma hora de atraso, demora produzida pelo descarrilamento.
(...)
O rei, ao desembarcar, dirigiu-se ao chefe do governo, interrogando-o sobre a situação na capital.O ditador, inconsciente, respondeu que estava tudo calmo e sossegado. Afirmava a calma garantia a segurança ainda um quarto de hora antes da tragédia que ia representar-se dali a poucos passos!
*De um texto da "Illustração Portuguesa "de 24 de Fevereiro de 1908
Reconstituição de A. Beltrane na «Domenica del Corriere» de 16 Fevereiro de 1908
Sexta feira 31 de Janeiro de 1908
É a guerra que o ministro da justiça desembarcando ás 11 horas da noite na estação do Terreiro do Paço, de regresso de Vila Viçosa, traz na sua pasta vermelha.
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Por esse diploma, o governo fica habilitado a deportar para qualquer das possessões ultramarinas, ao seu alvedrio, encarcerar e pôr na fronteira os individuos pronunciados por algum dos crimes compreendidos no decreto de 21 de Novembro. “Essas condenações seriam proferidas pelo conselho de ministros”, sem qualquer intervenção do poder judicial.Assim o governo acumularia com as funções de executor e de juíz!
Sábado 1 de Fevereiro de 1908
Amanheceu um dia alegre de inverno, de uma grande serenidade na natureza.
Nos jornais da manhã todos encontravam, surpreendidos, o texto do espantoso decreto assinado na véspera. O assombro foi unânime. Lia-se e era com custo que se acreditava no que se lia. Qual seria o resultado de tão destemperada violência?
E regressava o rei naquele dia?
Os mais ponderados não acreditavam. Até poderia parecer uma provocação.
Contudo, á hora fixada, o comboio real saiu de Vila Viçosa.
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Nas agulhas da Casa Branca descarrilaram a máquina e dois fourgons do comboio,mas depressa se remedeou o acidente.
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O vapor do Barreiro atracou finalmente á ponte do Terreiro do Paço ás 5 horas e 20 minutos, com pouco mais de uma hora de atraso, demora produzida pelo descarrilamento.
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O rei, ao desembarcar, dirigiu-se ao chefe do governo, interrogando-o sobre a situação na capital.O ditador, inconsciente, respondeu que estava tudo calmo e sossegado. Afirmava a calma garantia a segurança ainda um quarto de hora antes da tragédia que ia representar-se dali a poucos passos!
*De um texto da "Illustração Portuguesa "de 24 de Fevereiro de 1908
Reconstituição de A. Beltrane na «Domenica del Corriere» de 16 Fevereiro de 1908
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