Nunes Claro, Poeta em Sintra
«Toma essas rosas de Dezembro agora,
Que ao frio, à chuva, esta manhã colhi,
Elas trazem humildes, lá fora,
Saudades da montanha até aqui.
Hão de morrer d’aqui a pouco, embora!
Em cada curva onde o perfume ri,
Trazem mais o terno duma hora,
Que um frágil coração bateu em ti.
Aceita-as pois, mas, como a vida é breve,
E, um dia, perto, leve e branca neve,
Há-de cair sobre o teu peito em flor,
(Não vá Dezembro algum murchar-te o encanto)
Deixa tu que eu te colha agora, enquanto
Tens sol, tens mocidade e tens amor.»
Pobres Rosas de Sintra
Que ao frio, à chuva, esta manhã colhi,
Elas trazem humildes, lá fora,
Saudades da montanha até aqui.
Hão de morrer d’aqui a pouco, embora!
Em cada curva onde o perfume ri,
Trazem mais o terno duma hora,
Que um frágil coração bateu em ti.
Aceita-as pois, mas, como a vida é breve,
E, um dia, perto, leve e branca neve,
Há-de cair sobre o teu peito em flor,
(Não vá Dezembro algum murchar-te o encanto)
Deixa tu que eu te colha agora, enquanto
Tens sol, tens mocidade e tens amor.»
Pobres Rosas de Sintra
“ Médico distinto e poeta de rara sensibilidade. Só deixou um livro de versos, “Cinza das Horas”, e um poema . «Oração à Fome», dedicado a Guerra Junqueiro.O mais ficou disperso. Foi também um «pai dos pobres».
No Parque Municipal está gravado na pedra um belo soneto deste médico-poeta.Ali também, tendo como plinto uma rocha, está um busto do poeta, em bronze, da autoria do distinto escultor Anjos Teixeira(filho).
Nunes Claro, nos seus tempos de estudante, foi chefe de uma tertúlia de que fazia parte, entre outros, Ramada Curto e Máximo Brou. Tinha o nome de "Clária"».
Em Obras de José Alfredo da Costa Azevedo
No Parque Municipal está gravado na pedra um belo soneto deste médico-poeta.Ali também, tendo como plinto uma rocha, está um busto do poeta, em bronze, da autoria do distinto escultor Anjos Teixeira(filho).
Nunes Claro, nos seus tempos de estudante, foi chefe de uma tertúlia de que fazia parte, entre outros, Ramada Curto e Máximo Brou. Tinha o nome de "Clária"».
Em Obras de José Alfredo da Costa Azevedo
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