A Quinta do Marquês de Marialva

Foto Cruz,Chaves-arq.foto.CML

«Na segunda metade do séc XIX, o Campo(de Seteais) recaiu no domínio público , e os danos foram tantos que os descendentes e sucessores do Marquês de Marialva por três vezes tentaram fechar o terreno, por cuja conservação eram responsáveis. Mas o povo, cioso do seu direito, por três vezes impediu o ajardinamento do centro do Campo, que sucessivamente foi servindo para ali se realizarem jogos de futebol, concursos hípicos, feiras agrícolas e festejos populares, até que o Estado Português, em 1946, adquiriu ao ultimo proprietário, Conde Sucena, a casa e a quinta, livre de foros desde 1797, e também os domínios útil e directo do campo de Seteais. Hoje é a empresa concessionária do Hotel-Palácio quem se opõe às tentativas populares que de vez em quando procuram divertir-se no terreno relvado.»
História do Palácio e Quinta de Seteais-Estudos Sintrense II-Francisco Costa-1958

Depois dos acessos proibidos no Parque da Pena, alegadamente por motivos de segurança de futuras obras de restauro do Chalet da Condessa, também o Palácio de Seteais tem o acesso impedido ao público durante um ano pelos mesmos motivos.

O "Rio das Maçãs" associa-se às vozes que já contestaram esta medida tomada pelo concessionário ( hotel Tivoli, grupo Espírito Santo) daquele espaço - destacando os blogues “Alagablogue”, e o “Sintra do Avesso”, exigindo que os PSML,e a CMS criem uma solução durante o longo período das obras, que permita o acesso dos visitantes a um local, que tem uma vista impar para a Várzea de Sintra, como um dos ângulos mais interessantes do palácio da Pena, visto através do Arco de Seteais.

*Nota sobre as obras no Palácio de Seteais no início do séc XIX
«(...)Como a entrada do palácio não podia situar-se ao centro da construção, que era e é caminho público para o Miradouro, o arquitecto do Marquês de Marialva (provavelmente José da Costa e Silva) tirou partido desse inconveniente, marcando o centro com o arco de triunfo dedicado ao Príncipe Regente.»
Francisco Costa, Estudos Sintrenses II

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Intervenção das Infraestruturas de Portugal no Parque Natural Sintra Cascais

Festas de S.Mamede de Janas 2023