A Bomba "Flaud" dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme
A fundação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme , foi “apadrinhada por José Gomes da Silva, capitalista e grande comerciante de Vinho de Colares que havia já incentivado a criação da filarmónica, em 1892.
(...)
Mas apenas em 1895 se constituiu a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme.
Do material que viria a ser obtido em finais desse mesmo ano, pois os documentos mais antigos conhecidos sobre a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme reportam-se à aquisição, em segunda-mão aos Voluntários de Lisboa, reparação e transporte de uma velha bomba braçal “Flaud” – que se tratará, afinal da célebre Bomba dos Fidalgos, comprada em 1868 ao industrial Canel, aquando da formação dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, promovida entre outros, por Guilherme Cossoul –incluindo a carreta e chupadores. A bomba braçal de caldeira “Flaus” e outro material de combate a incêndio e de manutenção física, como agulhetas de bronze e um alter, terão chegado a Almoçageme no dia 4 de Outubro de 1895.”
O recibo da venda da Bomba "Flaud" aos Bombeiros Voluntários de Almoçageme em 19 de Novembro de 1895, tem a assinatura de Eduardo Augusto Macieira, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Lisboa até 26 Abril de 1910, altura em que abandona a Associação, fundando em 12 de Dezembro de 1910, os Bombeiros Voluntários Lisbonenses ,de que foi o seu primeiro Comandante e meu bisavô.
Créditos:
Foto da Bomba "Flaud" e Recibo dos Bombeiros Voluntários de Lisboa e texto transcrito, do "Cem anos ao serviço da Comunidade 1895-1995" (B.V.Almoçageme) de Maria Teresa Caetano"
Post publicado em simultâneo em "Sobre os Bombeiros Voluntários Lisbonenses"
Comentários
Um recibo de quitação, um selo, uma assinatura e honestidade, quanto bastava para ser um documento credível, e sem número de contribuinte....
Chamou-me a atenção para a simplicidade de então e as trafulhices (organizadas) de hoje.
E, obrigado.
Um recibo de quitação, um selo, uma assinatura e honestidade, quanto bastava para ser um documento credível, e sem número de contribuinte....
Chamou-me a atenção para a simplicidade de então e as trafulhices (organizadas) de hoje.
E, obrigado.
Agradeço o comentário - de facto os tempos eram outros, neste caso este recibo, assinado pelo meu bisavô, que foi comandante do Bombeiros Voluntários de Lisboa, antes de fundar os Bombeiros Voluntários Lisbonenses, permitiu-me 152 anos depois, falar num assunto relacionado com uma importante corporação de Bombeiros da região (Almoçageme)- que na altura já lutavam com dificuldades na aquisição de material de incêndios.
Um abraço