Libertação na ribeira de Colares (rio das Maçãs) de peixes reproduzidos em cativeiro



Foto:Garça no rio das Maçãs, Várzea de Colares em 2012


Nos próximos dias 30 de Abril e 6 de Maio, o Aquário Vasco da Gama, o Centro de Biociências do ISPA e a Quercus, vão proceder à libertação no meio natural de mais de um milhar de peixes reproduzidos em cativeiro, acções que ocorrerão na ribeira de Colares (Sintra, dia 30) e no rio Arade (Alferce, dia 6). Os peixes a libertar pertencem às espécies Squalius pyrenaicus (escalo do sul; Em Perigo de extinção) e Iberochondrostoma almacai (boga do sudoeste; criticamente em perigo de extinção).

Este projecto, que conta ainda como parceiros a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa e a Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, está em curso desde 2008 com o objectivo reproduzir e manter populações ex situ de algumas das espécies de peixes de água doce mais ameaçadas no nosso país.
Os repovoamentos serão efectuados em troços dos rios de origem (dos indivíduos inicialmente capturados para reprodutores) que apresentem características favoráveis à sobrevivência e reprodução dos peixes. Sempre que possível, estes troços encontram-se associados a projectos de recuperação de linhas de água, envolvendo cidadãos e entidades que localmente efectuam uma monitorização mais ou menos formal destas bacias hidrográficas.
O projecto de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido no Aquário Vasco da Gama (organismo cultural da Marinha, Algés) e em instalações do ICNF geridas pela Quercus, localizadas em Campelo (Figueiró dos Vinhos).

Os cursos de água nacionais encontram-se sob forte pressão, estando muitos deles sujeitos a uma degradação extrema. Aos efeitos combinados das descargas de poluentes, urbanos e industriais, que contaminam os cursos de água com excesso de nutrientes, juntam-se verões prolongados e com pouca chuva, muitas vezes devastadores para os organismos fluviais. Adicionalmente, a proliferação de espécies invasoras, vegetais e animais e as más-práticas de intervenção nos habitats ribeirinhos, contribuem também para aumentar os riscos a que se encontram sujeitos, em termos de conservação, as nossas espécies de peixes dulçaquícolas.


Via Diário Digital e Tudo Sobre Sintra

Comentários

Caínhas disse…
Quando era pequeno o Rio de Colares, tinha sobretudo barbos e enguias, lembro-me de um grupo de amigos mais idoso da Vila Velha ir apanhar enguias à noite.
pedro macieira disse…
Caínhas,
Hoje felizmente o rio das Maçãs, ainda é um rio vivo -como demonstra a imagem que tive a sorte de fazer e que publico neste post.Na quarta-feira acompanhei a acção de repovoamento que aconteceu na Várzea de Colares (assunto que publico na sexta-feira).Esperemos que a ribeira de Colares assim continue, embora durante os Verões o seu leito seja diminuto.
Abraço

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