Caminhos de Sintra

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A caminho da Ribeira de Sintra

“Uma estrada entronca.Cedros a vão bordando lá para as bandas do mar onde corre um bosque umbroso. E do arvoredo distante ressai um telhado cor de oiro...O vale que a estrada tomou, segue sinuosamente. Vem descendo, paralelamente, a uma ribeira. E surge a bucólica...
Choupos, álamos, castanheiros e vimes cobrem a frescura das águas. Azambujos florescem em lampêdos.Cantam passarinhos nas frondes.E tal alegria das aves eu nunca vi ao redor de Lisboa!”
Através da linda serra de Sintra (excerto) . autor.Lopes d’Oliveira-publicado na revista Ilustração nº295 de 1 de Abril de 1938

Comentários

Graça Sampaio disse…
Arrassário abaixo, não é? Lindo! Medonho de noite! O belo-horrível que os Românticos do século XIX tanto aprecivam e empolavam!
Não terra como essa!
Fatyly disse…
Não muito longe da realidade descrita...excepto que por vezes há carros a mais e numa das curvas apertadinhas...todo o cuidado é pouco, e que o fontanário da Ribeira já não possa refrescar os caminhantes ou até ciclistas. Todo o caminho é belo e subir? ufaaaaaaa custa bué:)
pedro macieira disse…
Obrigado pelo comentários
Abraços
Caínhas disse…
A minha amiga Carol, tem muitas saudades desta estrada, fazíamos isto diariamente para o Externato Académico de Sintra, nos tempos áureos.
Começa no Hotel Neto, nós chamamos-lhe Arrassário, a toponímia Rua Sotto Mayor, não sei se na confluência com a estrada do Macieira perde o nome anterior?
Esta foto tem muita pertinência, porque a quinta dos Limoeiros, do lado esquerdo da foto, e, de quem desce, toda aquela encosta até à Quinta dos Castanhais está absolutamente desprezada, cheia de silvas, material combustível muito perigoso para a propagação de incêndios, já para não falar na pena que é ver tudo aquilo desprezado e com os muros caídos.
As casas que se vêm na foto era a chamada Quinta da Fonte da Prata também me parece que está tudo inabitado, o dono destas casas era o dono da Quinta dos Limoeiros.
Os donos vinham cá para Sintra no verão, o apelido já não me lembro, mas o filho do dono era um amigo nosso que nós chamávamos ZÉ-ZÉ!
pedro macieira disse…
Caínhas,

Agradeço o pormenorizado comentário, e a explicação do termo "Arrasário", que não conhecia, até a Carol o mencionar.
Gosto muito desta estrada - em frente da casa da foto hoje em ruínas, existe um monumental plátano, que pelo diâmetro do tronco e pela altura da copa, deve ser dos maiores desta zona. Espero que não seja sujeito a algumas das "intervenções" que abundam por Sintra, e o destruam, é um assunto
a que voltarei a referir no blogue.
Um abraço

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