Desperdícios
(Texto e fotos de Carlos Santos (Caínhas)
Quase diariamente, faço o meu passeio a pé para manter a forma, e partindo daqui de São Pedro, vou para a Serra, sempre no sentido Sudoeste, e confrange ver tanto desperdício de água, tirei estas fotos em Dezembro passado, sempre com a intenção de lhe as enviar, para verificar quanta água se desperdiça.
Estes autarcas da treta, acompanhados destes des(governantes), andam a apregoar a poupança de água e deixam-na a correr aí por estradas, e valetas desmedidamente, e, nós a pagar a dita tão cara, capturada por métodos caríssimos em locais onde a mesma está pouco menos que inquinada, quando a água que vai para o lixo é de boa proveniência e ninguém quer saber dela.
Há aqui na zona vários sítios, onde a água corre sem destino, nem aproveitamento, na vila nem se fala, por essa serra fora, o que será?
Comentários
Segundo sei apenas pelo que ouvi (não consegui essa confirmação) somos abastecidos pelo Castelo do Bode e a nossa vai para Cascais.
Mas a Serra geme água, que queres tu fazer?
Muito bonito ...
ereis
Aqui nunca ninguém ouviu falar que água é um bem escasso, que se prevêem futuramente desavenças pela posse de água, e outras profecias. Nas escolas obrigam-se os alunos a estudar matérias sobre estes temas de poupanças energéticas, que se deve poupar água, que se deve utilizar torneiras de determinado modelo para não desperdiçar água, depois as crianças vêem a água a correr pelas valetas sem nenhum aproveitamento, o que é que vão pensar?
Isto é como os cortes nos vencimentos dos funcionários, por causa da crise e porque há que cortar nas despesas, vai ver-se, foram admitidos mais não sei quantos boys, o orçamento dos materiais de escritório e de outras despesas correntes, aumenta para o dobro ou para o triplo, quem gere está-se simplesmente nas tintas para a crise, e até faz gala de não afinar por esse diapasão.
Resumindo se calhar aqui não há crise, somos um país rico que se dá ao luxo de esbanjar, desperdiçar, roubar, desleixar!...
A canalização para o Palácio da Vila passa, por exemplo, ali na zona dos Pizões.
O que acho curioso, também, é que em muitas das fontes de Sintra deixou de correr água. S. Pedro, Convento da Trindade, Largo Sousa Brandão, só para citar algumas.
emília reis
Não podia vir mais a propósito este seu comentário, hoje na Fonte do Forno, aqui em São Pedro, abri a torneira para ver qual era o caudal, isto porque há pouco tempo ainda corria e bem, deparou-se-me um enorme zero. Os habitantes desta zona bebiam daquela água, agora tem lá uma placa a dizer;- água não vigiada, ou outra frase semelhante, para desobrigar quem tem o dever de zelar pela água.
Antigamente até se faziam inaugurações de chafarizes e fontanários, para dar que fazer aos políticos. Com a abundância (se calhar miséria) têm-se vindo a secar uns atrás dos outros, e, o do Largo da Estefânia, até foi roubado, nunca mais se soube dele.
Por um lado, é bem feito porque não se perde água, pouca gente ali passa. Mas vão-se secando fontes que eram a salvação dos sintrenses, nas famigeradas faltas de água na época estival. Esta era mais uma fonte para recorrer, que agora não deita nada.
E fica tudo por aí mesmo, porque haviam obrigatoriedades destes proprietários, que simplesmente são ignoradas, quem é que está para levantar o rabinho da secretária, bater à porta desta gente que deve ser de muita influência, e, dizer-lhes que, não podem fechar a água aos transeuntes.