Praias vigiadas e os horários dos nadadores-salvadores
Foto das buscas do menor desaparecido na Praia Grande no domingo 25-07-2010
No dia 25 de Junho, um menor com 13 anos desapareceu nas águas da Praia Grande, na altura em que o horário de trabalho dos nadadores-salvadores já tinha terminado e a praia estava sem vigilância - eram 19H30 no final da tarde de um domingo de Verão.
Um pertinente artigo publicado ontem no Público, analisa a relação entre a segurança das praias e os horários de trabalho dos nadadores-salvadores:
Praias
Se ainda há sol às 21h00, por que não há vigilância?
"Desde 1 de Junho morreram oito pessoas nas praias. O jovem que, há dias, desapareceu na Praia Grande, Sintra, está na lista das mortes em zonas não vigiadas, porque foi fora da "hora de serviço". Por Maria Lopes, Idálio Revez e Mariana Pinto (textos)
São 19h25 de uma quinta-feira encalorada. Na Praia Grande, concelho de Sintra, o sol desce no horizonte e o extenso areal ainda tem muita gente. A maré está a vazar, as ondas rebentam com força envoltas num intenso cheiro a maresia. Nos mastros dispersos no areal ondulam bandeiras vermelhas, mas há adultos e crianças a tomar banho nas ondas e do lado de lá da rebentação contam-se duas a três dezenas de surfistas.
Mais uns minutos e os nadadores-salvadores já arriaram as bandeiras, guardaram as pranchas e bóias e rumaram a casa. Indiferentes, as primas Isabel e Mariana, de 12 anos, mergulham nas ondas, vigiadas pela avó sentada na areia molhada. Ciente de que o mar ali é "matreiro", Margarida garante que não tira dos olhos delas. "É o último banho de hoje, também não gosto que estejam sempre na toalha", comenta, quando se lhe lembra a proibição de tomar banho.
No domingo passado, à mesma hora, um rapaz de 13 anos desaparecia nas águas frias desta praia. Fará sentido ter vigilância apenas até às 19h num país com sol no Verão até depois das 21h00? A resposta óbvia parece ser não.
(...)"
Texto integral da notícia do jornal "Público" de 1 de Agosto de 2010- aqui
Comentários
Depois eles não são deuses e já presenciei CENAS de bradar aos ceús, a praia repleta ( a Grande há sempre espaço) cujos papás trabalham para o bronze entregando a sua responsabilidade e vigilância a quem dá o corpo ao manifesto!
O artigo narra "as primas...de 12 anos, mergulham nas ondas, vigiadas pela avó sentada na areia molhada...e não tira os olhos delas"...mas alguma vez eu deixaria que mergulhassem quando já não havia bandeiras, ou quando as mesmas são vermelhas?
Foi algo que averiguei com as diversas colónias de férias...tanta canalha...bandeira vermelha não vi nenhum garoto molhar os pés sequer.
Mesmo que houvessem nadadores-salvadores até às 21h ou até 22h a imbecilidade de muitos seria a mesma que verifico frequentemente!
Estarei certa? Acho que sim!
Aquele terreno pertence à familia "Pintassilgo" (pelo que alguém me disse) e há muito que a Câmara anda em negociações para adquirir e fazer um estacionamento, conforme fizeram ao lado do referido café/restaurante.
Mas também ouvi dizer que é apenas limpeza devido à imundice e ratazanas que proliferavam por ali devido a esgotos abertos.
Portanto também fiquei e estou espectante!
Existe grande imprudência, e irresponsabilidade em alguns banhistas - no dia do desaparecimento do miúdo, um banheiro queixava-se que mesmo que com bandeira vermelha, e com chamadas de atenção,havia grupos de jovens que tomavam banho, e que não o respeitavam...
Mas de facto é que no nosso país no Verão anoitece muito tarde, e às 19h00 ainda se tomam óptimos banho de mar. Portanto o prolongamento do horário da vigilancia nas prais parece-me que tem todo sentido.
Quanto ao terreno em frente ao "Croa", não tenho ainda nenhuma informação.
Abraço
Nuno