"Trolley-Boys" de Sintra
Reportagem do jornal "Época", de 1972
Os "Trolley -Boys" da reportagem
Esta reportagem do jornal “Época” do ano de 1972, além de ser um retrato da realidade social daquela época, dá a conhecer uma actividade da companhia “Sintra Atlântico” que permitia aos adolescentes um trabalho remunerado durante as férias grandes de Verão, "forma de obter dinheiro para o custeamento dos livros, das matrículas e outras necessidades pessoais, tais como vestir e calçar."
Os adolescentes mencionados na reportagem, que são identificados pelo nome e nível de escolaridade teriam cerca de 14 anos na altura – seria interessante saber o que é feito deles actualmente. Iremos fazer uma tentativa de os encontrar e falar com eles.
-Jaime Augusto Canudo Melo, nasceu em Colares,14 anos, andava no 3º ano da Escola Industrial e Comercial de Sintra (Cacém).
-Fernando Manuel Conceição Andrade, 14 anos,vivia na Ribeira de Sintra, vedeta da classe de iniciados do Hóquei Clube de Sintra,6ª Classe.
-Luís Filipe Dinis Colares Pantana ,estudante do Liceu Nacional de Sintra.
-Diamantino da Silva Rosa, 16 anos, tinha terminado a 6ªClasse.
-Manuel Ribeiro Dias,14 anos,6ªclasse e tinha passado para o 3ºano.
-António de Jesus Melo,15 anos, 4ªClasse.
Créditos:
Os meus agradecimentos ao "Caminheiro de Sintra" autor do blogue "O Secreto Palácio de Sintra", que me enviou este precioso testemunho de época, e possibilitou a sua publicação hoje no "Rio das Maçãs"
Comentários
-Agora é que os meninos não fazem nada até tarde, porque coitadinhos têm que ser meninos, etc. etc..., daí haverem pais que estão a sustentar autenticos parasitas, que se aguentam na CP (casa dos pais) para lá dos trinta anos, alguns sem nunca fazerem nada.
Foi desta massa que se fizeram muito bons chefes de família, que cedo souberam o que custa ganhar a vida, e dar valor ao dinheiro.
Conheci muitos ainda antes destes de 1972, como o Fernando Crespo, o Tó Cardoso, e outros que na época balnear iam para os eléctricos.
Gostei imenso de ler e não sabia porque em 1972 ainda estava na minha terra - Luanda e a braços com uma guerra civil!
Bom fim de semana
Hoje o eléctrico continua a ser uma imagem de marca de Sintra, um autêntico museu vivo, e que tem sido bem preservado com os cuidados e a recuperação de uma equipa dedicada, que também ela é motivo de visita a Sintra de muitos estrangeiros que aqui se deslocam para admirar o "nosso" eléctrico.
Esperamos encontrar alguns dos "Trolleys-Boys" da reportagem de 1972.
Abraços
Obrigado pelo comentário - também já fui contactado por um familiar de outro "trolley-boy" -seria interessante saber o que são hoje estes rapazes que colaboravam nas férias no Eléctrico da Praia das Maçãs.
Cumprimentos