Postal da Serra de Sintra
Que melhor para ilustrar as fotos de nevoeiros sintrenses, do que um excerto de uma crónica de ontem do Miguel Esteves Cardoso, publicado no "Público" (3/07/2013):
"O capacete sintrense
Na Segunda-feira o sol brilhou em todo o reino excepto em Sintra, onde pairou o famoso capacete de nevoeiro. Para nós esteve como no Natal. Os nossos amigos de Lisboa e de Cascais fizeram troça, indo à praia e almoçando ao ar livre de manga curta e riso fácil. Mal sabem a sorte que não têm. O capacete de Sintra (que só é oferecido a quem compra a serra) é, de todos os capacetes, uma protecção. Aparece no meio de dias seguidos de sol ardente para dar um intervalo aos nossos couros. A pele humana não foi concebida para ser continuamente queimada, como acontece nas zonas de barbárie onde o sol está sempre a brilhar e nunca se viu um nevoeiro que dure 24 horas. E muito menos um ou dois por semana. Graças ao capacete, fica-se em casa a trabalhar. Dá-se valor à beleza das paisagens, tapando-as, para sabermos o que perdemos. Dando-nos um cheirinho de Inverno que aí virá (e que só há pouco acabou) lembra-nos que a vida tem destas coisas – e outras lições banais que tendemos a esquecer nas folias de Julho.(...)"
"Ainda ontem"3/07/2013 jornal "Público" Foto 1 O "capacete Sintrense" visto do Lourel
Foto 2 Praia das Maçãs durante a manhã de ontem (3/07/2013)
"O capacete sintrense
Na Segunda-feira o sol brilhou em todo o reino excepto em Sintra, onde pairou o famoso capacete de nevoeiro. Para nós esteve como no Natal. Os nossos amigos de Lisboa e de Cascais fizeram troça, indo à praia e almoçando ao ar livre de manga curta e riso fácil. Mal sabem a sorte que não têm. O capacete de Sintra (que só é oferecido a quem compra a serra) é, de todos os capacetes, uma protecção. Aparece no meio de dias seguidos de sol ardente para dar um intervalo aos nossos couros. A pele humana não foi concebida para ser continuamente queimada, como acontece nas zonas de barbárie onde o sol está sempre a brilhar e nunca se viu um nevoeiro que dure 24 horas. E muito menos um ou dois por semana. Graças ao capacete, fica-se em casa a trabalhar. Dá-se valor à beleza das paisagens, tapando-as, para sabermos o que perdemos. Dando-nos um cheirinho de Inverno que aí virá (e que só há pouco acabou) lembra-nos que a vida tem destas coisas – e outras lições banais que tendemos a esquecer nas folias de Julho.(...)"
"Ainda ontem"3/07/2013 jornal "Público" Foto 1 O "capacete Sintrense" visto do Lourel
Foto 2 Praia das Maçãs durante a manhã de ontem (3/07/2013)
Comentários
Ana Domingos
Mesmo assim, que saudades!