Um Eden sem Árvores


Os centenários Plátanos junto ao antigo Hotel Eden, em Colares continuam a ser decepados, destruindo os seus ramos e copas.(fotos de hoje às 14h00).

Sobre o Hotel Eden de Colares


Imagens de época do Hotel Éden
«Na “baixa” de Colares destaca-se, pois, o edifício do antigo Hotel Éden edificado por Inácio Costa, em 1887, e que foi durante vários anos, a única unidade hoteleira da região.Aquele capitalista construíra ali perto, a sua residência de férias (1885), a “Villa Costa”, provavelmente projectada pelo mestre Manuel Joaquim de Oliveira.
Estas edificações, pelo seu eclestismo no contexto vernacular em que se inseriam, mereceram , mais tarde, a seguinte apreciação de Frutuoso Gaio:«a quem se deve a construção do Eden Hotel, dos melhores chalets, e do seu magnífico palacete na Abreja, cujo recheio faustoso, era de tal opulência que até umas ricas cadeiras de uma das salas, quando as visitas se sentavam faziam ouvir peças de música».
(...)
«A “Villa Costa” e o Eden Hotel agremiaram um círculo intelectual e mundano da vilegiatura de fin de siécle e crente no progresso anunciado para o evo que se avizinhava, onde incluiam, para além da familia Costa , Chaves Mazziotti-proprietário da Quinta Mazzotti e deputado pelo Partido Progressista-Alfredo Keil, marquesa de Vale Flôr,conde de Sabugosa, conde de Valenças,viscondessa de Santarém,familia Portocarrero,o pintor Veloso Salgado-que em 1923 retratou o ilustre médico e cientista Carlos França-entre outros.»

Texto retirado de "Colares" da autoria de Maria Teresa Caetano

 http://riodasmacas.blogspot.pt/2014/03/platanos-de-colares-2014.html

Comentários

Graça Sampaio disse…
Gosto sempre tanto de conhecer estas histórias antigas! Obrigada!
pedro macieira disse…
Graça,
Obrigado pela visita.Abraço
pedro macieira disse…
Excerto de um texto sobre o abate e más praticas sobre as árvores que também subscrevi em 2010:

"As Associações e cidadãos signatários consideram que o estado fitossanitário e a estabilidade biomecânica das árvores existentes no espaço público urbano devem ser periodicamente avaliados. A existência de danos nas copas, nos troncos ou nas raízes deve ser tratada com técnicas de arboricultura que restabeleçam a vitalidade das árvores afectadas ou minimizem os danos a elas causados, promovendo a segurança de pessoas e bens e prolongando o período de vida dos exemplares. A decisão de abate de uma árvore, enquanto bem público e elemento fundamental do ambiente urbano que é, deverá ser sempre um último recurso, a ponderar de forma fundamentada e criteriosa.
Os signatários consideram que é urgente melhorar as práticas de gestão das árvores no espaço público e, sempre que o abate de uma árvore seja inevitável, deve ser efectuada a sua substituição e implementadas medidas de compensação adequadas. Qualquer substituição deverá seguir sempre critérios rigorosos, na escolha da espécie mais adequada ao local onde irá ser plantada. É este o perfil de actuação que se espera da Estradas de Portugal e de entidades públicas com atribuições na conservação do património arbóreo público como é o caso das Autarquias Locais."

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