O preço da cultura em Portugal
Imagem RTP1
Pegando num texto do blogue Serra de Sintra, em que compara o preço do acesso ao Palácio da Pena, ao Palácio Neuschwanstein na Alemanha, país que é a “locomotiva” da Europa e em que o poder de compra não tem qualquer comparação com o dos portugueses, o Palácio da Pena fica à frente por mais dois euros! (Neuschwanstein 9 Euros-Palácio da Pena 11 Euros) .
Para um visitante alemão o preço de acesso ao palácio da Pena não criará qualquer problema à sua carteira. O mesmo se passará com um visitante francês , país em que o que ordenado mínimo é 1254 Euros .
Tendo em conta que o salário mínimo em Portugal ,(403 Euros*)é um dos mais baixos da Europa ,os portugueses tem um preço de acesso a um monumento nacional,(um dos mais visitados**) a um preço superior do que pagam os alemães, os franceses e os italianos por exemplo, para acesso aos seus monumentos e museus. É um escândalo!
Será curioso comparar alguns preços nos acessos aos museus em França e também em Itália, países que tem um poder de compra superior ao dos portugueses:
França/Paris
-Museu do Louvre- 9,70 Euros
-Catacumbas de Paris-5 Euros
-Torre Eiffel -10.70 Euros
Pegando num texto do blogue Serra de Sintra, em que compara o preço do acesso ao Palácio da Pena, ao Palácio Neuschwanstein na Alemanha, país que é a “locomotiva” da Europa e em que o poder de compra não tem qualquer comparação com o dos portugueses, o Palácio da Pena fica à frente por mais dois euros! (Neuschwanstein 9 Euros-Palácio da Pena 11 Euros) .
Para um visitante alemão o preço de acesso ao palácio da Pena não criará qualquer problema à sua carteira. O mesmo se passará com um visitante francês , país em que o que ordenado mínimo é 1254 Euros .
Tendo em conta que o salário mínimo em Portugal ,(403 Euros*)é um dos mais baixos da Europa ,os portugueses tem um preço de acesso a um monumento nacional,(um dos mais visitados**) a um preço superior do que pagam os alemães, os franceses e os italianos por exemplo, para acesso aos seus monumentos e museus. É um escândalo!
Será curioso comparar alguns preços nos acessos aos museus em França e também em Itália, países que tem um poder de compra superior ao dos portugueses:
França/Paris
-Museu do Louvre- 9,70 Euros
-Catacumbas de Paris-5 Euros
-Torre Eiffel -10.70 Euros
Itália /Florença
-Il Museo Chinde alle-La mente di Leonardo-9.50 Euros
-Museo de Bargello-4.00 Euros
-Complesso Monumentale de Santa Croce- 5.00 Euros
-Opera de Santa Maria del Fiore -6.00 Euros
-Il Museo Chinde alle-La mente di Leonardo-9.50 Euros
-Museo de Bargello-4.00 Euros
-Complesso Monumentale de Santa Croce- 5.00 Euros
-Opera de Santa Maria del Fiore -6.00 Euros
Hoje também o jornal Público, levanta o problema do aumento dos preços nas entradas do Palácio da Pena. O director do palácio, José Manuel Carneiro, explica relativamente aos preços actuais que “Da parte dos estrangeiros não vemos reclamações, dos nacionais também acabam por pagar.”
*A 5 de Dezembro do ano passado, entidades sindicais e patronais assinaram um acordo que elevou o salário mínimo português para 403 euros, prevendo-se a subida até os 450 euros até 2009 e os 500 euros em 2011. Como termo de comparação, o salário mínimo de Espanha é 666 euros (crescimento de 5,5% este ano) e o da Grécia é de 668 euros e não teve aumento. Em Portugal, 4,7% da população empregada recebe o salário mínimo (dados de 2005); em Espanha, são 0,8%.
**51 mil visitantes em 2006, ainda sob tutela do IPPAR,actualmente com a tutela do PSML, continua a ter receitas extremamente interessantes, considerando o alto preço do seu acesso.
Comentários
11 euros é um escândalo e nem mesmo o director do Palácio acredito no contrário!
Rui Silva
http://serradesintra.blogspot.com
Ocorre-me que aqui à tempos, em Vila Viçosa, tivemos, eu e a minha esposa, que fazer de cicerones ao grupo de ingleses em que fomos inserimos para visitar o palácio, dado que o guia não sabia inglês e que,como nos confiou, pouco sabia de línguas estrangeiras. Ficamos a pensar como era possível as visitas não portuguesas pagar e não terem acesso a um guia com as habilitações necessárias!! Para a próxima vamos exijir um desconto! Espero que o mesmo não se passe na vossa "Pena". Rematando para portugueses é um exagero, mas como os portugueses enchem os estádios, não sei o que pensar.
Pedro, Parque e Palácio são - do ponto de vista comercial - realidades muito distintas. Penso que não existem dados sobre a matéria, mas a esmagadora maioria dos visitantes do conjunto Parque+Palácio destina-se quase em exclusivo ao Palácio, ou na melhor das hipóteses às zonas do Parque mais conhecidas e próximas das entradas (Alto de Sto. António, Lagos, Fonte dos Passarinhos, etc...).
Raros devem ser os visitantes que se deslocam à zona do Chalet, ao Lago da Preta, ao Lago Cascais ou ao esquecido Alto do Chá.
Existem pois vários "parques" dentro do Parque.
Estou a preparar um trabalho sobre essa matéria, no seguimento de um outro entregue em mão a um ex-administrador da PSML (em 2003!) que resultou em... NADA.
Pessoalmente não vou deixar cair estas lutas, e os Capuchos e a Pena serão as minhas preocupações centrais, mas não únicas.
No entretanto, a UNESCO já tem na sua posse as imagens da desflorestação da Tapada de D.Fernando II.
Rui Silva
http://serradesintra.blogspot.com
Os mapas que são distribuidos aos visitantes deviam ter uma cláusula de pedido de desculpa pelo facto de não poderem ser visitados TODOS OS LUGARES com interesse e o motivo por que isso não acontece.
Ou será que o preço do actual bilhete ainda não comporta a visita dessa GRANDE PARTE DO PARQUE, onde, além dos sítios já atrás assinalados existem também as Estufas e a Feteira da Condessa (onde se encontra assinalado o eucalipto oblíqua plantado no dia do casamente de D.Fernando com a Condessa d'Edla, limpa e recuperada em 2003, e já de novo ao abandono)?
ereis
É tudo triste demais...
Rui Vasco Silva
http://serradesintra.blogspot.com
Um Abraço.
E aqui transcrevo o que Fernando Morais Gomes, escreveu hoje no "Alagablogue":
http://blogue.alagamares.net/index.php?mode=viewid&post_id=558#trackback
"Esperemos pois que as despesas correntes e os automóveis de gama alta ou os jantares não substituam os investimentos num dos nossos bens culturais mais expressivos,agora igualmente reforçados com as verbas do Espaço Económico Europeu.Se há dinheiro e há projectos há que por mãos á obra neste nosso Monte Salvat em risco.Mas atenção:não se esqueçam de ouvir quem cá vive,que por vezes é menos estimado que as salamandras ou grifos em vias de extinção.A gestão pública tem de ser transparente e participada,responsável e com visão.Pois se assim não for quem responsabiliza uma empresa sociedade anónima mas que bule com espaços públicos que são de todos?"