A Pedra de Alvidrar
A Praia da Adraga uma das mais bonitas praias da nossa região foi considerada em 2003 uma das 20 melhores praias europeias, na opinião dos leitores e jornalistas do The Sunday Times, jornal britânico de grande circulação.
Para esta classificação (Agreste, selvagem, de um azul intenso....simplesmente bela) dos visitantes britânicos, que terão a mesma opinião dos muitos utilizadores daquele magnifico local, terá contribuido a beleza envolvente, como o rochedo em forma de arco que mergulha no mar, as falésias e a gruta. Na maré baixa pode-se passar para a Praia do Cavalo e subindo a falésia pode-se admirar o Fojo, uma cratera natural que permite observar o mar daquele ponto elevado ou a Pedra de Alvidrar, local preferido de pescadores e ponto de visita obrigatório ao longo dos tempos para visitantes ilustres.
No livro de óbitos de Colares, pode ler-se o seguinte:
Para esta classificação (Agreste, selvagem, de um azul intenso....simplesmente bela) dos visitantes britânicos, que terão a mesma opinião dos muitos utilizadores daquele magnifico local, terá contribuido a beleza envolvente, como o rochedo em forma de arco que mergulha no mar, as falésias e a gruta. Na maré baixa pode-se passar para a Praia do Cavalo e subindo a falésia pode-se admirar o Fojo, uma cratera natural que permite observar o mar daquele ponto elevado ou a Pedra de Alvidrar, local preferido de pescadores e ponto de visita obrigatório ao longo dos tempos para visitantes ilustres.
A Pedra de Alvidrar-Imagem Google Earth
Sobre a Pedra de Alvidrar, escreveu José Alfredo Azevedo:«É um penedo enorme, em forma de lage, que começa no máximo da altura da ravina e que, com acentuado declive, termina ao nível do oceano, onde recebe, deste sempre e sempre resistindo, os violentos embates do mar quando revolto.Foi esta pedra famosa que D.Luisa de Gusmão (mulher de D.João IV, o Restaurador), visitou em 22 de Julho de 1652.
Antigamente era costume oferecer aos turistas o triste espectáculo de, a troco de uns magros cobres, homens e rapazes descerem e subirem essa rocha enorme, com risco da própria vida, para gáudio da inconsciente assistência.»
-Francisco de Almeida Jordão,que terá nascido em 1712, escritor e formado em cânones pela Universidade de Coimbra, em 1748 no livro “Relação do castelo e serra de Sintra e do que há que ver de raro em todo ele,” referindo-se à “Pedra de Alvidrar”, escreve: «É toda escabrosa em declive até ao mar, de uma altura imensa, que foge o lume dos olhos quando se olha para baixo.Há homens tão bárbaros, que descem e sobem por ela descalços, que parece impossivel, por um pequeno prémio».
E o grande terramoto de 1755 fez também uma vitima na Pedra de Alvidrar.
No livro de óbitos de Colares, pode ler-se o seguinte:
«Ao primeiro dia de Novembro de 1755 .Faleceu sem sacramentos porque no dia do terramoto se achava na Pedra de Alvidar junto ao Fojo e fugindo da dita pedra se despenhou no mar donde não houve mais notícias Domingos Dias casado que era com Josefina Maria, morador no lugar de Ulgueira.
-Também William Beckford, na sua estadia em Portugal , não deixou de visitar a Pedra de Alvidrar em 1787.
-Também William Beckford, na sua estadia em Portugal , não deixou de visitar a Pedra de Alvidrar em 1787.
(...)como ainda era muito cedo, galopámos para diante, tencionando visitar um rochedo célebre –a Pedra de Alvidrar-,que é uma das feições mais saliente do afamado promontório da Roca de Lisboa.
A estrada que seguiamos pela orla dos bosques, que circundam a deliciosa aldeia de Colares, levou-nos a uma série de eminências escalvadas, que se estendem ao longo da praia.Cheguei-me até à beira do rochedo que tem uma grande altura, e é quase na perpendicular.Um bando de rapazes tinha-nos acompanhado, e cinco lagatões, destacados desta malta, desceram o temeroso precipício com a mais completa indiferença, sobretudo um deles, que foi com os braços abertos, e que parecia uma criatura sobrenatural».
Obras consultadas:
Obras consultadas:
-Obras de José Alfredo da Costa Azevedo -V
-William Beckford-A corte da Rainha D.Maria I
Comentários
E se conhecia, mal, a praia da Adraga, desconhecia por completo a Pedra de Alvidrar.
E também muito curioso a forma como os "atletas" da época conseguiam alguns "trocos", com exibições na Pedra de Alvidrar para os visitantes ilústres, que por lá iam aparecendo.
Um abraço
https://www.vortexmag.net/pedra-de-alvidrar-um-dos-locais-mais-perigosos-e-misteriosos-de-sintra/
Já lá fui manifestar a minha indignação.
Cumprimentos,
Paulo Pinto