Correspondência de Collares
"Grupo de filarmónicos" da Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares
Collares, 27
Esteve bem concorrida a Várzea e Praia das Maçãs, tanto o dia de S.João como o domingo tocando no coreto da Varzea a Philarmónica dos Bombeiros Voluntários de Collares e na Praia das Maçãs a Philarmónica Gremio Recreativo Musical d’Almoçageme. Ouvimos elogios ás respectivas bandas. A banda d’Almoçageme tocou a Portuguesa no pateo do deputado Dr.Inoncencio Camacho.
Commemorando a fundação dos Bombeiros de Cintra estiveram no dia de S.João os collegas da Porcalhota, Cintra e S.Pedro, que acompanhados pelos de Collares, almoçaram nos Capuchos, sendo no seu regresso obsequiados pelos srs. José Maria d’Oliveira, commandante e David Gomes, director dos de Collares, com um copo de vinho e bolos na adega do primeiro.
Jornal "O Concelho de Cintra" nº29 de 1 de Junho de 1911
* Ortografia e acentuação conforme o original
A Filarmónica Grémio Recreativo Musical d'Almoçageme em 1912
Créditos:
-Foto da banda dos B.Voluntários de Colares. publicada em "Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares, 1891-1991" de António Caruna
-Foto da Filarmónica Grémio R. d'Almoçageme. publicada em "Cem anos de Vida e História da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme
Comentários
Pedro, continua aberta a petição pelas árvores de Sintra ou já foi entregue?
Essa gente não viveu isto, não sabe quais são as suas origens, logo acha tudo que seja antigo histórico, pitoresco, ou algo semelhante, é foleiro!
Esta é uma das formas de comunicação dos dias de hoje, tudo quanto aqui for publicado, servirá de ferramenta de trabalho para alguém que precise para fazer algum trabalho relacionado com estas matérias.
Eu já me tenho valido, e já precisei muito dos blogues, para realizar tarefas em determinadas circunstâncias.
Parabéns Pedro, continue sempre, e obrigado por ser também adepto das Filarmónicas, estas fotos destes tempos conheço-as bem de as ver penduradas na Sociedade União Sintrense, com outros personagens mas lá estão os bigodes, e os instrumentos de má qualidade da época, de onde deveria ser muito difícil extrair uma boa execução.
Ainda me recordo da grande amizade que unia os Bombeiros da Vila com a Sociedade União Sintrense, nos aniversários, de um ou de outro havia sempre representações das duas colectividades.
A banda da Vila no seu auge efectuava Concertos no Paço da Vila, integrados nas comemorações dos Bombeiros. E se haviam aquelas mega-concentrações das forças vivas do Concelho, os Bombeiros da Vila e a Banda desfilavam como se fossem uma só Colectividade. Eram aquilo que se chama em gíria; Unha com carne!
Hoje na minha terra, as casas de habitação são lojas de artesanato, os moradores são meia dúzia.
Os Bombeiros foram para Lourel, a banda morreu de morte natural, por falta de gente.
A Vila é um vazadouro de autocarros de turismo, que são encaminhados pelos guias para o Paço, para ficarem de boca aberta a ver a beleza da Serra e do Castelo dos Mouros, e do mais que dali se vislumbra, depois vão ver o Palácio, que entretanto já não tem nem uma décima parte do que havia, e enquanto for dando não se emprega ali um cêntimo para melhorias.
relativamente à petição em Defesa das Árvores de Sintra - ela foi entregue na altura em que a questão do Plátanos estava em risco de mais uma poda bárbara. Não teve como é hábito da parte da CMS, qualquer resposta.
Como o assunto ainda deve ser tido em conta, pois aguarda-se desenvolvimentos sobre a qualificação do Plátanos de Colares. a petição agora com 1400 assinaturas continua a ser importante para agregar vontades em defesa das árvores.
O movimento inicial não existe neste momento, mas o aumento de assinaturas nos últimos tempos permite considerar uma nova entrega à CMS da petição.
Um abraço
Obrigado pelas suas interessantes memórias de Sintra.
Um abraço