Tílias para memória futura (Actualizado)

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Ontem, na Rua D.João de Castro (16H00), mais tílias sobreviventes da recente intervenção da CMS, encontravam-se marcadas para serem as próximas vítimas de mais uma incursão da empresa contratada pela CMS, para reduzir o número de árvores de Sintra . Numa altura em começou exactamente em Sintra, o XI Congresso Mundial da Organização das Cidades Património Mundial - em que se pretende discutir o efeito das alterações climáticas nos locais classificados pela UNESCO.

Aqui ficam as fotos para memória futura de um local de Sintra, em que estas Tílias, vítimas de brutais podas camarárias (rolagens), no ano passado, são abatidas no ano seguinte por aqueles que não souberam tratar delas - e Sintra a ficar mais pobre.

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Fotos de ontem 22/11/2011

No mesmo local (Rua D.João de Castro), o exemplo como a CMS, substituí as Tílias abatidas em 10/11/2011.
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Fotos de ontem 22/11/2011

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Nota Final
No encerramento do colóquio sobre a Reforma Administrativa Local, que se realizou no Palácio Valenças, em 19 de Novembro, o presidente da Alagamares , Fernando Morais Gomes, aproveitando a presença de todos os partido com representação autárquica em Sintra não deixou de aproveitar a ocasião para "denunciar os recentes abates de árvores de grande porte no centro histórico, solicitando que as entidades informem antecipadamente e de forma cabal sobre as intervenções que de ano para ano vão desertificando a paisagem urbana da Vila, assim desvalorizando o seu valor cénico e monumental, que igualmente contribuiu para a classificação de Sintra como Paisagem Cultural."

Seria muito positivo que os partidos políticos com assento na gestão autárquica do Concelho de Sintra, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia, olhassem de um forma activa para os problemas ambientais do Concelho e se associassem às preocupações dos munícipes que pretendem que Sintra continue a ter a classificação da UNESCO de Paisagem Cultural da Humanidade.

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Abate de plátanos e calcetamento na Vila Velha -aqui

Actualização (13h37m)


1981-2011

COMUNICADO da ADPS

A Associação de Defesa do Património de Sintra saúda a iniciativa de realização em Sintra do Congresso Mundial da OCPM sob o título “Cidades Património Mundial e as Alterações Climáticas."
Desejando contribuir para o debate de tema tão actual, queremos apresentar, neste comunicado, algumas das nossas preocupações.
Sendo Sintra o primeiro lugar na Europa classificado pela Unesco como “Paisagem Cultural da Humanidade” em reconhecimento da harmonia entre a paisagem natural e a arquitectura, cumpre-nos zelar para que essa harmonia seja mantida.
Foram os seus habitantes que, ao longo dos séculos, fizeram da Vila de Sintra o que hoje podemos admirar e, por isso, é natural que a Unesco tenha recomendado, que as pessoas sejam auscultadas quando se desejam fazer alterações que modifiquem ou possam até destruir o aspecto cénico de Sintra.
Sem que sejam ouvidos os habitantes e associações (“stakeholders”) e ignorando os seus afectos, têm sido cortadas árvores, algumas de grande porte, em locais emblemáticos, cujo fundamento amiudadas vezes desconhecemos e poucas árvores têm sido plantadas para substituir as que são abatidas.
Onde antes existia sombra e frescura – uma das características de Sintra, em pleno Verão – começam a surgir troços onde somos fustigados por sol inclemente. O carácter dos arruamentos de Sintra começa a perder-se, assim como uma certa qualidade de vida.
Face aos cortes de árvores efectuados recentemente, consideramos necessário reavivar o Conselho Municipal do Ambiente assim como promover reuniões multidisciplinares em que os “stakeholders” estejam presentes, para avaliação dos processos mais adequados para a conservação do património arbóreo e, em casos limite, a substituição de uma ou outra árvore.
Os conhecimentos na área da arboricultura para a conservação do arvoredo permitem hoje em dia a aplicação de técnicas para a manutenção em segurança das árvores que pela sua localização, espécie, raridade, longevidade ou monumentalidade devem ser especialmente protegidas na área classificada como Património Mundial e na sua Zona Tampão e de Transição.
As alterações climáticas também poderão afectar as zonas acima referidas o que é mais um motivo para a preservação deste microclima que só pode subsistir com a adequada conservação e manutenção do património arbóreo.

Sintra, 22 de Novembro de 2011.

Comentários

Anónimo disse…
Alentejano sempre. Amo aquela terra.
Mas Sintra acolheu-me desde menino....
E cada vez me apetece mais voltar às origens.
Barbaridades há em toda a parte.
Mas os "Senhores Governantes" de Sintra parece quererem bater recordes. Sobre outros assuntos de Sintra: reclamações? «Orelhas Moucas».

Um abraço


Zé-Viajante
Anónimo disse…
É bom ver há quem compreenda, que há destruição na qualidade de vida, daqueles que amam Sintra, e a vêem de dia para dia a ficar descaracterizada sem a suas árvores, as suas sombras, sem a magia das suas cores e frescura.
Obrigada
sintrense
Anónimo disse…
Ou ainda:
Já nos basta estarmos a perder outros direitos fundamentais: à Saúde, Educação, Trabalho, Cultura, etc..
Deixem-nos pelo menos ter "qualidade de vista", para acalmarmos a nossa Indignação.
sintrense
Candy girl disse…
Bem, isto está mesmo mau...os cortes não se ficam pelo dinheiro? vão estender-se também à natureza? Estamos bem estamos...
Anónimo disse…
Ver que os meus desabafos, quando transmitidos por quem tem VOZ, são do agrado (LIKE) de alguns, é reconfortante.
sintrense

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