A Adega Regional de Colares e o Cacho Dourado
Voltamos hoje a um assunto que várias vezes tem sido tratado aqui neste blogue - atribuição a Colares do troféu «Cacho Dourado» em 1936, durante a a Festa da Vindimária de Lisboa. Um interessante artigo na "Gazeta do Caminho de Ferro" Nº1190 de 16 de Julho de 1937, relata a festa de entrega do troféu na Adega Regional de Colares pelo Chefe de Estado de então, General Oscar Carmona.
"Chega o sr. Ministro da Educação Nacional que é recebido pela autoridades locais e pelo sr. Alberto Tota, representante da Adega Regional de Colares.
Veem-se crianças das escolas de Azenhas do Mar, bandas da União Sintrense. Grémio Musical de Almoçageme e da Escola Profissional da Paiã a quem cabe a Guarda de Honra. Há ainda Bombeiros Voluntários e o Grupo União Sport de Colares.
(...)
A Legião Portuguesa presta honras ao Chefe de Estado que, depois de uma breve revista é recebido à entrada da Adega Regional de Colares.
O Chefe de Estado abraça Alberto Tota enquanto as bandas de Almoçageme e Paiã executam o hino nacional, e sobem ao ar inúmeros foguetes.
" Em seguida o Chefe de Estado entregou o troféu a um casal do Rancho de Colares, fazendo depois um elogio ao Sr. Alberto Tota.(...)
O Cacho Dourado de Colares
Adelina Fernandes, Fernanda Coimbra e Cecilia Mendes, actrizes do nosso teatro lisboeta, cantaram canções regionais, acompanhadas com uma orquestra com instrumentos de corda.
Vários grupos se fizeram ouvir em lindas canções portuguesas.
Foi por último servido, ao ar livre um Colares de honra aos visitantes e convidados."
in "Gazeta do Caminho de Ferro" nº1190 de 16 de Julho de 1937
Comentários
Dessa formação de muitos familiares meus (o meu saudoso e querido pai incluído), lembro todos com muita saudade familiares e não familiares, porque fui amigo daquela gente toda. Infelizmente uma Banda de música na Vila Velha, só se fosse de bonecos de artesanato. Onde ontem morava uma família, hoje há uma loja de bonecos.
- Porque não as forças vivas da Freguesia de Colares, Junta à frente, adquirir a Casa do Sr. Alberto Totta (nas Azenhas) e dar-lhe uma utilização digna, qualquer infraestrutura que a freguesia estivesse carenciada.
Aquele homem fez tanto por Colares, e os seus predilectos não foram merecedores de tanta dedicação.