Árvores e as Alergias

Igreja S.Martinho/Sintra
*Foto de Plátano vítima de mais uma rolagem no adro da Igreja de S.Martinho, na Vila Velha de Sintra

Pelo seu interesse, trancrevemos um oportuno texto sobre as alergias provocadas pelas plantas e árvores,publicado no Correio do Minho, em 18/03/2010:

Pólenes são agressores invisíveis escondidos nas ervas e não nas árvores


A maioria das pessoas vê as árvores como as grandes causadoras das suas alergias, mas muitas vezes o pólen é um “agressor” invisível que está “escondido” nas ervas e nas flores, alertou o presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia.

Mário Morais de Almeida contou à agência Lusa um caso ocorrido recentemente na freguesia de Marvila, em Lisboa: “As pessoas estavam convencidas de que eram os plátanos que estavam a afetar a sua qualidade de vida e lhes estavam a provocar alergias”.

Para tentar esclarecê-las, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) fez um rastreio à população e concluiu que eram muito poucas as pessoas que tinham alergia ao plátano.

“Eram alérgicas a outros pólenes para os quais não estavam alertadas, porque não os veem. É como seja um agressor invisível”, explicou Morais de Almeida.

No final desta ação, as “pessoas tomaram consciência de que a solução não passava pelo abate das árvores, mas por tratarem os seus sintomas de alergia”.

Mário Morais adiantou que “as pessoas têm tendência a culpabilizar um inimigo que, ainda por ci ma, é grande e que eventualmente pode sujar a casa e o automóvel, mas têm de perceber que não é isso que lhes dá problemas de saúde. São os agentes invisíveis que estão chocar contra o seu nariz, a sua boca” e que vêm das gramíneas, das ervas e de outras árvores.

Nesta altura do ano, as árvores, como os plátanos, estão a largar as suas sementes, o que se traduz na existência de 'algodões' que circulam, mas são apenas “o útero da árvore a largar as suas sementes”.

“Não é isso que provoca as alergias”, advertiu o responsável, comentando que, no caso dos plátanos, a polinização já aconteceu umas semanas antes deles largarem estas sementes.

A agência Lusa questionou a associação de defesa do ambiente Quercus sobre as queixas da população sobre as árvores e o seu eventual abate. O dirigente Francisco Ferreira disse que há alguma pressão das pessoas nesse sentido, mas as autarquias não abatem as árvores.

“Existem queixas, mas as câmaras, em geral, não aceitam esse argumento como válido e não abatem as árvores”, sustentou o ambientalista.

http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=25028

Comentários

Anónimo disse…
Estou cada vez com mais alergia aos pólenes do Governo ,da Câmara, dos Cardeais...
Será que se podem cortar? :)
sintrense
Caínhas disse…
Sou contra os abates de árvores indiscriminadamente, e sem razões para tal ato. No entanto tem de ser compreendido que estamos em plena época de podas, pelo que no caso dos plátanos das fotos da Igreja de São Martinho, me parece que a poda está correcta, pois foram cortadas apenas as varas, que vão voltar a rebentar na Primavera, e se este ciclo não for feito anualmente, os plátanos ficam imparáveis e impossiveis de serem limpos e podados tal a velocidade a que crescem e se desenvolvem.

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