No Mucifal a Tradição ainda é o que era! (Actualizado)
Durante a "poda" camarária, ontem (09-02-2012)
Também os Plátanos do Mucifal/Sintra, foram vítimas das práticas "tradicionais" de rolagens, que destroem as árvores, motivando ataque de fungos, e infecções que mais tarde provocam o seu precoce abate.
O aspecto que os infelizes Plátanos agora apresentam, choca a sensibilidade de quem os observa - tornando o Mucifal ainda mais triste.
Hoje (10-02-2012), após a rolagem
Foto de hoje, de dois de Plátanos adultos que não deixaram que continuassem com ramos
Foto de hoje - mais um Plátano bárbaramente "podado"...
Fotos em 9 e 10 de Fevereiro de 2012
OS "Plátanos" do Mucifal no Blogue A Sombra Verde
"Albert Einstein terá dito que existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana. Terá ainda acrescentado ter sérias dúvidas sobre a primeira.
Eu, que em nada me quero comparar ao génio de Einstein, não tenho nenhuma dúvida sobre a segunda, sobretudo quando vejo a forma como, por cá, destruímos, todos os anos, as árvores das nossas vilas e cidades."
http://sombra-verde.blogspot.com/2012/02/estupidez-humana-nao-e-relativae.html
Comentários
Esta fotos deveriam ser mostradas ou entregues a quem decidiu que Sintra é património mundial!
Hoje andei a pé a ver esse lindo serviço.
A estupidez humana não é relativa...é absoluta
Albert Einstein terá dito que existem apenas duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana. Terá ainda acrescentado ter sérias dúvidas sobre a primeira.
Eu, que em nada me quero comparar ao génio de Einstein, não tenho nenhuma dúvida sobre a segunda, sobretudo quando vejo a forma como, por cá, destruímos, todos os anos, as árvores das nossas vilas e cidades.
Blog Sombra Verde
sintrense
De certeza de quem comenta se tivessem lá estas árvores a porta de casa mudariam de opinião, elas até podem ser bonitas no verão mas tem como tudo na vida de ser cuidadas no Inverno para bem da saúde pública.
Amigo da natureza.
E depois delas serem podadas não voltam a crescer mais bonitas ??? deixem-se de moralismos e pensem nos outros.
A maioria das pessoas vê as árvores como as grandes causadoras das suas alergias, mas muitas vezes o pólen é um “agressor” invisível que está “escondido” nas ervas e nas flores, alertou o presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia.
Mário Morais de Almeida contou à agência Lusa um caso ocorrido recentemente na freguesia de Marvila, em Lisboa: “As pessoas estavam convencidas de que eram os plátanos que estavam a afetar a sua qualidade de vida e lhes estavam a provocar alergias”.
Para tentar esclarecê-las, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) fez um rastreio à população e concluiu que eram muito poucas as pessoas que tinham alergia ao plátano.
“Eram alérgicas a outros pólenes para os quais não estavam alertadas, porque não os veem. É como seja um agressor invisível”, explicou Morais de Almeida.
No final desta ação, as “pessoas tomaram consciência de que a solução não passava pelo abate das árvores, mas por tratarem os seus sintomas de alergia”.
Mário Morais adiantou que “as pessoas têm tendência a culpabilizar um inimigo que, ainda por ci ma, é grande e que eventualmente pode sujar a casa e o automóvel, mas têm de perceber que não é isso que lhes dá problemas de saúde. São os agentes invisíveis que estão chocar contra o seu nariz, a sua boca” e que vêm das gramíneas, das ervas e de outras árvores.
Nesta altura do ano, as árvores, como os plátanos, estão a largar as suas sementes, o que se traduz na existência de 'algodões' que circulam, mas são apenas “o útero da árvore a largar as suas sementes”.
“Não é isso que provoca as alergias”, advertiu o responsável, comentando que, no caso dos plátanos, a polinização já aconteceu umas semanas antes deles largarem estas sementes.
A agência Lusa questionou a associação de defesa do ambiente Quercus sobre as queixas da população sobre as árvores e o seu eventual abate. O dirigente Francisco Ferreira disse que há alguma pressão das pessoas nesse sentido, mas as autarquias não abatem as árvores.
“Existem queixas, mas as câmaras, em geral, não aceitam esse argumento como válido e não abatem as árvores”, sustentou o ambientalista.
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=25028
Sobre as Podas:
poda |ó|
(derivação regressiva de podar)
s. f.
1. Acto ou efeito de podar.
2. Desbaste.
podar - Conjugar
(latim puto, -are, limpar, desbastar, apurar, calcular, apreciar)
v. tr.
1. Cortar com podão ou podoa a rama inútil das árvores e das cepas.
2. [Figurado] Cortar, desbastar.
Dicionário Priberam
Podas de rolagem
Frequentemente ainda se podem ver as denominadas podas de rolagem, ou seja cortes de ramos de grande diâmetro, deixando apenas alguns cotos, ou pernadas estruturais muito reduzidas e em alguns casos só mesmo o tronco, abaixo da copa.
Ao contrário do que alguns pensam, as árvores severamente podadas ficam mais perigosas, desenvolvem, mais ramos e mais folhagem
“Nenhuma máquina se auto equilibrará mediante a eliminação de energia; efectuar uma poda de rolagem é o mesmo que retirar o peso da parte em elevação de um balancé; tal atitude nunca mais equilibrará o balancé” (Alex L. Shigo, Arboricultura Moderna)
Uma árvore rolada é uma árvore desfigurada, enfraquecida, em risco de queda, que perdeu todas as características da espécie, e que perde valor patrimonial.
Se uma árvore precisa de uma intervenção severa então pode ser que esteja na altura de pensar na sua substituição.
Quando se fazem rolagens, as raízes que recebem os nutrientes das folhas começam a enfraquecer, tornando mais fácil a instalações de agentes que provocam podridões, que causam grande quantidade de doenças e, em algumas das situações, são comuns e visíveis fungos – carpóforos – na base do troncos.
Ver mais aqui:
http://antiarboricida.wordpress.com/arvores-cidade/boaspraticas/podasrolagem/