Alerta da APIR, sobre transporte de doentes pelos Bombeiros (Actualizado)

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Em consequência da posição dos Bombeiros do Concelho de Sintra, relativamente ao não transporte de doentes não urgentes a partir de quarta-feira dia 4- conforme comunicado publicado, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais vem agora através da Lusa fazer o seguinte alerta:

"O presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), Carlos Silva, disse à agência Lusa que os doentes estão a receber comunicados dos bombeiros dos concelhos de Sintra e Amadora a informar que vão deixar de os transportar.
"Isto vai trazer problemas e estamos preocupados", disse Carlos Silva, adiantando que quase a totalidade dos doentes utiliza as ambulâncias dos bombeiros para fazer os tratamentos.
O responsável disse que as empresas privadas de ambulâncias não são suficientes para transportar os doentes que necessitam de fazer hemodiálise, sugerindo, por isso, que chamem o 112, caso os bombeiros não apareçam para realizar o serviço.
Segundo Carlos Silva, os doentes não têm outra alternativa ao transporte nas ambulâncias dos bombeiros e têm que fazer o tratamento.
"Não há alternativa. Se não fizerem hemodiálise, morrem", sustentou, sublinhando que os bombeiros de Sintra e Cascais estão a pôr a vida dos doentes em causa.
A APIR vai contactar a Administração Regional de Saúde para encontrar uma solução e crítica a decisão dos bombeiros, considerando que as corporações têm que assumir as responsabilidades.
"É um problema entre os bombeiros e o Ministério da Saúde, nós apenas necessitamos do transporte de doentes, que foi assumido pelos bombeiros", afirmou, acusando as corporações de estarem a utilizar os doentes para atingir os objetivos.
As dez corporações de bombeiros de Sintra e Amadora vão suspender o serviço, alegando que o novo Sistema de Gestão Transportes de Doentes da ARSLVT, que instituiu novas regras no pagamento desses transportes, retirou aos bombeiros a sua "mais importante receita", uma vez que provocou quebras de 70 por cento de faturação."

Texto de uma notícia do DN- aqui
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Actualização (13h40)
Notícia do DN-Aqui

A Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) recebeu hoje a garantia do Ministério da Saúde que o transporte dos doentes que necessitam de fazer hemodiálise está assegurado, existindo outras alternativas às ambulâncias dos bombeiros.

O presidente da APIR, Carlos Silva, adiantou à agência Lusa que hoje falou com o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, que afiançou que o transporte destes doentes está garantido, mesmo que o Ministério da Saúde não chegue a acordo com os bombeiros.

O responsável afirmou que existem outras alternativas ao transporte dos doentes nas ambulâncias dos bombeiros, apontando os táxis como uma das hipóteses.

As corporações de bombeiros de Sintra e Amadora suspenderam a partir de hoje o serviço de transportes de doentes não urgentes contratado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), mas mantêm o serviço privado.

Segundo o porta-voz das direções das nove corporações de Sintra e da Amadora, Luís Silva, este serviço está suspenso até que a ARSLVT e o Ministério da Saúde alterem "procedimentos de pagamento" aos bombeiros.

O responsável explicou que apesar de as corporações terem suspendido o serviço de transporte de doentes vão continuar a transportar doentes do Serviço Nacional de Saúde apenas para tratamento de hemodiálise, uma vez que estes doentes correm riscos caso suspendam o tratamento.

O presidente da APIR afirmou que os bombeiros estão a ameaçar só transportar os doentes renais até ao dia 20 de janeiro.

Para a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, a suspensão do transporte de doentes não urgentes pelos bombeiros de Sintra e Amadora vai pôr em causa a vida dos doentes que necessitam de fazer hemodiálise.

As dez corporações de bombeiros de Sintra e Amadora suspenderam o serviço, alegando que o novo Sistema de Gestão de Transportes de Doentes da ARSLVT, que instituiu novas regras no pagamento desses transportes, retirou aos bombeiros a sua "mais importante receita", uma vez que provocou quebras de 70 por cento de faturação.

Comentários

Anónimo disse…
A APRIA acha ..."que os bombeiros de Sintra e Cascais estão a pôr a vida dos doentes em causa."
O Governo está a pôr a vida das pessoas em causa !!! Dos doentes, dos bombeiros, de todos nós!
sintrense
Estou a pensar escrever e divulgar o tema. Sou sócio da APIR desde 87 ou 89' não consigo precisar. Participei na última assembleia geral e levei de viva voz um conjunto de preocupações sobre este e outros temas.
Sendo certo que a APIR ao longo de muitos anos teve uma actuação exemplar na defesa dos IRC, sendo de louvar a sua actuação, não é menos certo que nada tem feito para alertar, profissionais, entidades governamentais para uma situação previsível desde a tomada de posse deste elenco governativo.
Deixo o meu profundo repudio à sua actuação.
O governo toma medidas erradas em relação à política de transporte, aidna mais erradas em relação à política de transplantes e respectivas retribuições. Por seu lado, os médicos, retribuem com a não prestação de horas extra que levou a uma diminuição abrupta do número de colheitas em dadores cadáver e consequente diminuição dos transplantes. Onde estava a APIR?
Surge do silencio para criticar o elo mãos fraco a seguir aos doentes, os bombeiros.
Onde estiveram nas criticas ao governo aos mėdicos!?
Se calhar a seguir vêm as criticas aos doentes.
Estou a pensar escrever e divulgar o tema. Sou sócio da APIR desde 87 ou 89' não consigo precisar. Participei na última assembleia geral e levei de viva voz um conjunto de preocupações sobre este e outros temas.
Sendo certo que a APIR ao longo de muitos anos teve uma actuação exemplar na defesa dos IRC, sendo de louvar a sua actuação, não é menos certo que nada tem feito para alertar, profissionais, entidades governamentais para uma situação previsível desde a tomada de posse deste elenco governativo.
Deixo o meu profundo repudio à sua actuação.
O governo toma medidas erradas em relação à política de transporte, aidna mais erradas em relação à política de transplantes e respectivas retribuições. Por seu lado, os médicos, retribuem com a não prestação de horas extra que levou a uma diminuição abrupta do número de colheitas em dadores cadáver e consequente diminuição dos transplantes. Onde estava a APIR?
Surge do silencio para criticar o elo mãos fraco a seguir aos doentes, os bombeiros.
Onde estiveram nas criticas ao governo aos mėdicos!?
Se calhar a seguir vêm as criticas aos doentes.
pedro macieira disse…
Foi durante o dia de hoje,conseguido um acordo que vai permitir a continuação do transporte pelos bombeiros dos doentes não urgentes.

Relativamente à APIR, não tenho um conhecimento profundo da sua actuação-só recentemente por motivos familiares, percebi a sua importância, como porta-voz dos doente com insuficiência renal.É também um interlocutor com o ministério da Saúde, por esse motivo tem um papel importante na defesa desses doentes.
Na situação de pânico criado nos hemodializados com a falta de transporte, motivado pelo braço de ferro das Associações de Bombeiros de Sintra e Amadora com o governo, a APIR surge como elemento importante nesta situação.
Não considerando os hemodializados como doentes urgentes, os Bombeiros cometeram um erro grave. Sobre a oportunidade do conflito, talvez com um pouco de mais diálogo se tivesse conseguido um entendimento, que evitasse esta situação que afectou doentes já debilitados.

Cumprimentos

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