Ex-líbris de Colares

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OS PLÁTANOS DA VÁRZEA DE COLARES
Nas bermas da estrada de Colares, em particular na Várzea, junto à Adega Regional, existem numerosos plátanos de provecta idade e porte altivo que dão ao percurso um ar agradável em qualquer estação do ano.
A Adega Regional de Colares, foi instituída em 1930 como medida para se proteger a qualidade do vinho de Colares, que no dizer de Ferreira Lapa "era o vinho mais francês que possuíamos".No entanto, para aumentar a sua graduação os produtores misturavam-lhe aguardente transformando um bom vinho numa mistela...
Ao tempo da construção da Adega já existiam os plátanos frondosos que hoje podemos admirar desde a ponte da Várzea até ao Banzão no caminho da "Praia". São exemplares centenários nos quais os automobilistas apressados nem reparam.
A sombra destas árvores protegeu a fermentação de muitos "caldos" de boas colheitas que estagiaram dentro da Adega. Merecem pois que brindemos à sua saúde esperando no futuro sejam devidamente apreciados.
Para isso no local deveria colocar-se um painel informativo, chamando à atenção para estas imponentes árvores.
Os plátanos da Adega Regional de Colares são um dos "monumentos vivos" que povoam o Município Sintrense.
Um verdadeiro ex-líbris da antiga e nobre Vila de Colares...

Cortez Fernandes -Blogue "Tudo de Novo a Ocidente"

Um texto publicado no blogue "Tudo de Novo a Ocidente", de Cortez Fernandes, em Novembro de 2007, permite uma real imagem da importância daquele conjunto de centenários plátanos para Colares - "Um verdadeiro ex-libris da antiga e nobre Vila de Colares".

Ex-libris, que na próxima segunda-feira 13, dia de início de uma intervenção da Estradas de Portugal , vai ser sujeito a podas e abates o que alterará profundamente a frondosa paisagem daquele lugar, parte integrante da história de Colares

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Fotos dos Plátanos em 11/12/2010

Comentários

Graça Sampaio disse…
Que saudades! Tantas vezes passei por aí - de eléctrico, de carro.
Quem me dera voltar!
E, já agora, muito grata pelas recordações que as suas imagens me trazem.
Beijo
Carlos Portugal disse…
Caro Pedro:

Também em Ponte de Lima quiseram fazer o mesmo à belíssima alameda de plátanos junto ao rio, com as mesmíssimas desculpas «técnicas», que de técnicas têm pouco, e de verdade quase nada...

Mas a população local teve força, e impediu as podas e os abates. E, passados 8 anos, as árvores que «estavam tão doentes que constituíam um perigo» continuam viçosas e frondosas, sem marcas de doença ou decrepitude.

Será que os habitantes de Colares conseguirão fazer o que os de Ponte de Lima fizeram?

Força!
O comentário de Carlos Portugal é o de alguém que precisa de mais informação.
O comentário do técnico universitário que fez o estudo, foi para fazer rapidamente o trabalho porque aquilo está perigosíssimo. Há pouco tempo caiu um tronco em cima de um carro, se cair em cima de alguém o sr Carlos sugere uma pomadinha, mesmo que esse alguém morresse?
O porte das árvores não permite saber a sua saúde em toda a sua extensão. Reduzir para metade ou um terço, o seu porte, é uma solução inteligente.

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