Intervenção da E.P. nos Plátanos de Colares continua

Hoje dia 20 de Dezembro, continua a intervenção da E.P. na Alameda dos Plátanos de Colares, junto à Adega Regional . Intervenção que já abateu dois plátanos centenários e que pelas fotos que publicamos, pode-se verificar as diferenças que já existem na imagem daquele local, derivado dos cortes que os plátanos estão a ser sujeitos.

Foto de hoje às 11h00
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Foto do dia 15/12/2010
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Carta à Estradas de Portugal S.A.

As intervenções nas árvores de Colares já se iniciaram há uma semana, sem que a Estradas de Portugal esclarecesse nenhuma das questões colocadas no comunicado conjunto de que o Rio das Maçãs é signatário. Assim sendo, o mesmo conjunto de entidades que emitiram o comunicado conjunto, assinaram e enviaram, dia 16 de Dezembro, uma carta a esta empresa nos seguintes termos:



Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Administração da EP SA,
As associações e cidadãos abaixo assinados vêm, por este meio, requerer que a Estradas de Portugal SA (EP) cesse imediatamente as intervenções em curso nas árvores de Colares, Sintra até que sejam esclarecidas as questões apresentadas no comunicado emitido no passado dia 13 do corrente mês.
Até ao momento, não recebemos qualquer resposta ou esclarecimento adicional às questões colocadas nesse comunicado, enviado a essa empresa na mesma data, questões que aqui de novo formulamos:
1. Porque motivo só há poucos dias disponibilizou a EP o relatório do ISA, estando o mesmo datado de 31/03/10 e tendo sido pedida a sua difusão pública em comunicado subscrito e divulgado pelas Associações Quercus e Árvores de Portugal há mais de 6 meses? http://lisboa.quercus.pt/scid/subquercus/defaultarticleViewOne.asp?categorySiteID=682&articleSiteID=2435
2. Este relatório incidiu sobre um total de 38 árvores (em Colares, Galamares e Sintra) ; o recente comunicado dessa empresa refere intenção de proceder a podas de limpeza em 150 árvores, podas de correcção noutras 150 árvores e, ainda, o abate de 41 exemplares, os quais já começaram em Colares. Quais os estudos técnicos de diagnóstico fitossanitário e análise da estabilidade biomecânica de cada árvore que justificam intervenções/abates em 341 árvores?
3. Porque motivo pretende a EP abater 41 árvores, entre elas 7 plátanos de porte muito grande? Em que parte do relatório do ISA é recomendado o abate de tão grande numero de árvores? A serem abatidos 41 indivíduos, porque motivo são substituídos por apenas metade desse número (22)?
4. Qual o tipo de formação que possuem, na área da arboricultura urbana, os funcionários da empresa contratada para executar a referida intervenção?
5. Quem assegurará o acompanhamento dos trabalhos, durante a execução?
6. No caso particular da alameda de plátanos existente junto à adega de Colares, verdadeiro ex-libris da freguesia, cuja classificação como Interesse Publico foi requerida à Autoridade Florestal Nacional ainda em 2009 por um conjunto de cidadãos, qual o motivo para o abate já em curso de alguns exemplares, pondo em causa o pedido de classificação ainda pendente na AFN?
Assim, consideram os abaixo assinados que a EP incorre num claro desrespeito pelas preocupações dos cidadãos e associações que os representam, uma vez que o estudo apresentado e a sessão de esclarecimento (iniciativas que consideramos louváveis) não esclarecem as razões da intervenção na maioria das árvores.
Reafirmamos que as podas e abates deverão ser imediatamente interrompidas até que as questões colocadas sejam cabalmente esclarecidas, pela forma que a EP entenda mais conveniente.
Esta carta será publicada nos canais de informação das associações e cidadãos signatários, que inteiramente disponibilizamos para publicação da resposta que nos for enviada.
Aguardamos que a mesma nos seja dada com a celeridade que o assunto merece.
Atenciosamente,
OLHO VIVO
QUERCUS
Árvores de Portugal
Info Nature Portugal
Blogue Rio das Maçãs

Comentários

Fatyly disse…
Hoje, no sábado, na sexta, quando passei verifiquei, ao contrário de outros locais de poda, que quem cortava seguia as instruções de uns 4/5 individuos com papéis na mão, presos a uma placa de madeira (não sei dizer o nome). Podia ter perguntado quem eram, mas não o fiz porque estavam mesmo debaixo e levarem com um rolo daquele não é para brincadeira. Aliás nos dias que não se podia passar, estacionei e estive em frente ao Centro de Saúde a ver a mesma cena, o que me deu a entender que não seria "poda selvagem" como noutros locais que só se vê 1/2 homens com uma mota-serra e zássssss.

Se ficarem assim, acho que rebentarão, porque os galhos cortados já estavam no telhado da Adega. Os dois foram mesmo à vida!

Ainda estive para pedir "uma rodela" mas ainda acabaria por dizer algo mais e...enfim!

Estás atento e eu também e julgo que hoje acabou a intervenção.
Anónimo disse…
É "coincidência" a mais a localização das árvores abatidas e a abater.
Doença" por encomenda...
sintrense

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