À Serra de Sintra

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Áspera Serrania que elevada
Ao mais sublime cume rutilante,
Te obedece esse orbe de diamante,
Nem jamais te viu raio fulminada:
De ti mesmo em ti mesmo despertada,
Parece que presumes de arrogante
Escalar essa esfera cintilante,
Atropelar a máquina estrelada:
Eterna vive dando leis aos ventos,
Ao mar espanto, assombro de grandeza,
Do tempo de injúria, da firmeza templo:
Eterno vive império aos elementos
Pois és de Nise exemplo de dureza,
Pois és de Lauro na firmeza exemplo.

António Barbosa Bacelar (1610-1663)

Soneto, encontrado aqui

Comentários

Fatyly disse…
Um soneto fantástico que desconhecia. Obrigado pela partilha e a foto está FABULOSA!
pedro macieira disse…
Fatyly,
Obrigado pela visita e comentário.
Um abraço

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