O eucalipto "Oblíqua" não resistiu a mais um inverno (Actualizado)
Mário de Azevedo Gomes, neto da Condessa e autor da Monografia do Parque da Pena, junto do eucalipto "Obliqua".
O eucalipto plantado por D.Fernando II e sua esposa a Condessa d'Edla, no Parque da Pena com a intenção de assinalar o seu casamento, não resistiu às intempéries deste inverno e caiu.
O eucalipto da variedade Eucalyptus oblíqua, foi plantado no dia seguinte à cerimónia de casamento do Rei Artista com Elise Hensler, Condessa d'Edla, em 10 de Junho de 1869, junto à Feteira da Condessa, estava assinalado com uma placa como fora desejo da própria Condessa meses antes do seu falecimento.
Com o desaparecimento deste centenário e emblemático eucalipto, o Parque da Pena fica agora mais pobre.
Foto do "Oblíqua" de 16.03.2010 da autoria de Rui Alves, via blogue "Fluir de Espumas"
*Foto de Mário Azevedo Gomes, retirado do "Condessa d'Edla, 1836-1929" de Teresa Rebelo
No dia em que foi colocada a placa que sinalizou o eucalipto "Oblíqua"
No dia 13 de Junho de 2003, a cerimónia junto ao eucalipto,com a presença de alguns bisnetos e trinetos da Condessa.
O EngºEduardo Campos de Andrada (falecido) junto do eucalipto, falando em nome da familia.
Fotos amávelmente cedidas por Emilia Reis.
Nota de Emilia Reis- a cadeira de madeira que se vê na foto, pertenceu à Condessa e foi trazida por uma sua bisneta.
Comentários
Fizeste uma reportagem lindissima e slide ficou genial. Ai como gostei de rever a zona onde passo tantas vezes e que felizmente se vai mantendo verde...tão verde!
Beijos
Varreram todos os caminhos que estavam em seu redor, limparam a Feteira que os seus ramos, lá do alto, podiam contemplar e, finalmente, numa cerimónia simples mas bonita, colocaram-lhe perto uma placa que assinalava a efeméride e o seu valor.
Mas, o tempo foi passando e, de novo, o esquecimento voltou aquele lugar. A placa envelheceu, desbotou, já se não lia e, só mesmo os apaixonados pela história que ele contava o iam visitar.
Entristeceu de novo e, agora com o peso da idade, começou a inclinar-se, suavemente. Apaixonou-se pelo pequeno regato que lhe corria aos pés e que lhe tinha dado de beber durante tantos anos e, num dia de temporal, ajudado pelo vento forte, decidiu deitar-se sobre ele e adormecer para sempre.
Contou a tília que lhe estava perto que o “Oblíqua” se tinha suicidado por amor.
ereis
Abraços